12/10/2016 – Segundo a história contada pelos mais antigos da comunidade, tudo começou há 55 anos com o morador José Camilo, em agradecimento à Santa por ter conseguido uma graça muito importante.
Naquela época, um pouco antes do mês de outubro, ocorria um longo período de seca que estava prejudicando os pequenos sitiantes do bairro e das imediações.
Zé Camilo (já falecido) então fez uma intenção e pediu chuva para aliviar o sofrimento de todos. Após alguns dias a chuva veio e durou três dias, recuperando pastagens e parte das lavouras. Ele então, no mesmo ano, decidiu realizar, no dia 12 de outubro, a primeira Festa de Nossa Senhora, reunindo os moradores para uma missa e para um almoço farto em agradecimento à graça alcançada.
A partir de então, a comemoração não mais parou, sempre se revezando entre os moradores da comunidade que ajudam dando prendas (leitoas, frangos e bois) e trabalhando nos preparativos da comida que é servida gratuitamente a todos que comparecem. Esse trabalho de preparação começa um dia antes e os voluntários vão até de madrugada, para deixar pronta a refeição que começa a ser servida após a benção da bandeira com a imagem de Nossa Senhora Aparecida e a troca no mastro.
Tudo foi doado, desde as prendas leitoas e frangos, o serviço de som e até os três pula-pulas que o proprietário deixou de contratar para outros eventos para poder disponibilizar gratuitamente às crianças.
A tradição de servir após a missa – que este ano foi celebrada pelo padre Estanislau – a deliciosa comida (arroz, virado de feijão novo com couve e cheiro verde, leitoa, frango assado e refrigerante), continua e há cada ano aumenta o número de pessoas. Tudo é preparado em fogões de lenha, e essas suculentas carnes são assadas nas grandes fornalhas da casa de festa.
