Cinema: A Moda é Viola nas telas do interior

A Moda é ViolaA Moda é Viola1Chiquinho, Reinaldo e Romildoreinaldo e zele plano fechado02rose entrevista reinova

Filme fala sobre a música caipira de raízes e seu instrumento simbólico, a viola – Depois de ser apresentado em primeira exibição com sucesso dentro da programação do Festival de Cinema Latino Americano, no auditório do Memorial da América Latina, em São Paulo, o documentário A Moda é Viola é exibido no próximo dia 30 no Sesc de São José do Rio Preto e dia 1º de agosto no Teatro Municipal de Botucatu.

O filme que emocionou a platéia paulista coloca na tela um rico panorama sobre a moda caipira de raízes e a viola como seu principal instrumento. A obra é uma realização da Taus Produções Audiovisuais, em co-produção com a TV Cultura.

Dirigido pelo cineasta Reinaldo Volpato, o filme traz uma ampla abordagem sobre a estética e o contexto sociocultural em que se estruturou a moda caipira de raízes e o seu principal instrumento, a viola – as origens da música e do instrumento, os cantadores e poetas, principalmente a moda caipira como manifestação oral-popular e sua realidade enquanto expressão etnocultural.

O documentário é baseado no livro "A Moda É Viola – Ensaio do Cantar Caipira", de Romildo Sant’Anna, que estrutura com seu depoimento a narrativa do filme e coloca a viola no seu contexto histórico e cultural. É ilustrado com 92 inserts de gravações especiais ou material de arquivo, apresenta intérpretes renomados, representantes das novas gerações e cenas do cotidiano que permeiam a existência rural caipira e sua projeção no mundo urbano. Esses inserts mostram clássicos como as primeiras gravações de Cornélio Pires, grande compositor do gênero e primeiro produtor independente com 52 gravações realizadas, passam pelas décadas de 30, 40 e 50, auge do rádio brasileiro, e chegam até o ié ié ié que provoca as fusões que resultam nos anos 80 na nova música sertaneja e no chamado sertanejo universitário. O filme situa, portanto, a moda caipira como uma das principais vertentes da música brasileira erudita e popular.

Entre as dezenas de violeiros, duplas e compositores que permeiam a narrativa, estão apresentações de Tião Carreiro e Pardinho, Pena Branca e Xavantinho, Angelino de Oliveira, Raul Torres, João Pacífico, Pedro Bento e Zé da Estrada, Vieira e Vieirinha, Bambico, Osni Ribeiro, Matuto Moderno, Trio Tamoyo, Célia e Celma, As Galvão, Ivan Vilela, Roberto Correa, Ramiro Viola e Pardini, Tonico e Tinoco, Mococa e Paraíso, Mario Zan, Fulanos de Tal e muitos outros.

A Taus também está fechando os orçamentos para iniciar a pré-produção do documentário Etanol, Inventário do Sucesso e deve começar as filmagens ainda este ano do longa metragem Estranhas Cotoveladas, todos com temáticas e locações, personagens e atores relacionadas ao interior paulista.

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