Dia do Índio: aldeia de Itaporanga/SP está em festa

Teve início ontem (19) e vai até o dia 24 as festividades em comemoração ao Dia do Índio na Aldeia Tekoá Porã, no Bairro Volta Grande (Prainha) em Itaporanga/SP. Localização: Rodovia Juventino Patriarca (estrada para Barão de Antonina) km 60, entrada à esquerda na altura do Bairro Bela Vista.

Bastante animada, a comunidade tupi-guarani com cerca de 50 integrantes, sob a liderança do cacique Darã, recebe com muita alegria os visitantes. Caravanas escolares aproveitam a ocasião para saber mais e interagir com a cultura indígena.

A índia Giseli com a sua mãe
A índia Giseli com a sua mãe

A índia Giseli da Silva, 15 anos, aluna do 1º colegial na Escola Epitácio Pessoal, contou que desde a abertura do evento ontem (19), aproximadamente 1.000 pessoas visitaram a aldeia.

Segundo ela, a comunidade recebeu ontem caravanas escolares das cidades de Itaporanga, Itapeva, Taguaí, Santana do Itararé e Wenceslau Braz e houve integração através de esportes, cabo-de-guerra e txundaro (dança do guerreiro)

Não há uma praça de alimentação, mas o local conta com um barzinho para vendas de salgados e refrigerantes (não tem bebida alcoólica). Além do bar tem uma cozinha e refeitório para venda de almoço. Há também o mais importante, a venda de artesanatos produzidos pela comunidade.

Ela informou que as festividades e recepção de visitantes continuam até domingo (24). No sábado (23) haverá apresentação da Corrida de Toras e Tiro de Arco e flecha e zarabatana.

No domingo pela manhã haverá uma cavalgada saindo da Praça João Abdalah em Itaporanga com destino à Aldeia, escoltada por indígenas locais e mais cerca de 50 de outra aldeia que virão especialmente para o evento.

Curiosidade: Tem havido na aldeia mistura de raças com casamentos entre índio e não-índio. Sobre isso Giseli contou que até há pouco isso existia. “O índio ou índia que quisesse casar com não-índio era submetido(a) a uma avaliação. Primeiro a comunidade sentava e decidia se aprovava ou não. Caso aprovasse, o não-índio(a) teria que se mudar para a Aldeia. Do contrário, teria que se mudar para a cidade e se desvincular dos indígenas. Mas agora isso não é mais permitido, como forma de preservação da nossa cultura. Pode casar mas terá de viver na aldeia” contou ela.

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