Dilma fala na abertura da Europalia Brasil de 2011, na Bélgica

Bruxelas - BEL, 04/10/2011. Presidenta Dilma Rousseff participa com a Família Real da Cerimônia de Abertura do Festival Europalia. Foto: Roberto Stuckert Filho/PRDiscurso da Presidenta da República, Dilma Rousseff, durante cerimônia de abertura do Festival Internacional de Artes Europalia Brasil 2011 – Bruxelas-Bélgica, 04 de outubro de 2011.  Suas Majestades (incompreensível), Suas Altezas Reais,     Senhor Yves Leterme, primeiro-ministro do Reino da Bélgica,
Conde Jacob (…), presidente da Euduvale,

    Senhor Herman Van Rompuy, presidente do Conselho Europeu,
    Senhor José Manuel Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia,
    Senhoras e senhores profissionais da imprensa,
    Senhoras e senhores,

É uma alegria participar da inauguração do Festival Europalia, evento singular por sua riqueza e simplicidade. Para o Brasil é ocasião de apresentar uma ligação ampla e aprofundada, aspectos de nossa cultura e de nossa visão do mundo.

A cultura, expressão maior da alma de uma sociedade, é também importante que a gente (incompreensível). No Brasil, o nosso compromisso de nos desenvolver e erradicarmos a extrema pobreza tem também uma dimensão (incompreensível) o combate à miséria material, implícita na incentivação dos direitos de cidadania e na elevação de mulheres e homens a uma vida digna e plena e o acesso aos bens culturais e à produção da arte.

No momento em que o mundo precisa reaprender a importância do diálogo, o Brasil e a América do Sul têm algo mais a oferecer, além do (incompreensível) econômicos e sociais: nossa (incompreensível) étnica e cultural e nossa capacidade de conviver em paz nessa diversidade.

Senhoras e senhores,
A diversidade cultural do Brasil integra nossas raízes históricas. Somos (incompreensível) povo formado pela influência de etnias, crenças e manifestações artísticas de diferentes tradições. Somos um país mestiço, no qual migrantes de todas as regiões do mundo somam-se às três matrizes onde surgiram o povo brasileiro: a indígena, a europeia e a africana. Eis uma mistura que nos orgulha e define.

Neste ano, o Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes, ressalto a contribuição africana para a identidade cultural do Brasil, país com a segunda maior população negra do mundo. Ao prestigiar a cultura do Brasil, o Festival Europalia homenageia também um pouco da grande riqueza cultural da África, que se nacionalizou brasileira.

Senhoras e senhores,
Os brasileiros orgulham-se muito de seu patrimônio cultural e de suas tradições populares, mas também ousam reinventá-los e reinterpretá-los. Mostraremos aqui, na Europalia, um pouco dessa cultura viva em movimento permanente.

Hoje lanço o convite a todos que queiram, sem preconceitos, conhecer um pouco da reflexão do Brasil sobre si mesmo e sobre o mundo. Venham encontrar o Brasil que a Europa conhece, mas também o Brasil que ela ainda não vê. Terra da arte popular erudita, tradicional e inovadora, sucessão e (incompreensível) urbano, de uma grande indústria criativa.

O Europalia Brasil abrange exposições desde o Brasil pré-colonização até a vanguarda mais experimental, em mais de 400 atividades envolvendo as mais variadas linguagens artísticas e manifestações regionais do país.

Aproveito esta oportunidade para agradecer os profissionais de diversos países que se dedicaram à organização do Festival e às empresas que compreenderam a importância do investimento na cultura e colaboraram com o seu financiamento.

Estendo agradecimento especial aos artistas, que, ao exporem seus trabalhos, (incompreensível) todos os brasileiros e brasileiras.

Senhoras e senhores,
Queremos que o Brasil seja melhor pensado a partir da Europa, como queremos que a Europa seja melhor pensada a partir do Brasil. Foi mais que oportuna a escolha da Bélgica e de Bruxelas, para esse esforço inédito e estruturado de apresentação da cultura brasileira, de nossa visão de mundo, de nossa memória do passado e de nossa compreensão da experiência do presente.

Muitos já falaram que a Europa (incompreensível) como um grande espaço de encontros de cultura. Em suas ruas, monumentos tantos (incompreensível), a Europa é também um lugar de memória, onde o passado está sempre presente.

Este continente que já enfrentou e superou tantas dificuldades em sua história, encontrará, nessa confluência de culturas e nessa memória, a força para superar os percalços do momento, afinal (incompreensível) nossos passados e nossos presentes nos habilitamos a desenhar um futuro melhor.
O diálogo que estabelecemos hoje, inaugurando o Festival Europalia é mais um passo no aprofundamento do conhecimento mútuo, fundamental para a construção do mundo mais democrático, aberto e plural que todos queremos.

Agradeço as palavras amigas de todos os que me antecederam e queria dizer que fiquei muito comovida com a síntese do ministro Barroso… do presidente Barroso, que sintetizou o Brasil como sendo um vulcão artístico, do qual, sem dúvida, Portugal (incompreensível) mais.

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