Doação de sangue: em cada gota, um oceano de esperança; cada doação pode salvar 4 vidas

Dia Nacional do Doador de Sangue relembra a importância deste gesto que pode salvar até 4 vidas

Desde 1964, o dia 25 de novembro tornou-se mais do que apenas uma simples data no calendário: transformou-se em uma celebração da solidariedade e do amor ao próximo que corre nas veias e no coração de muitos brasileiros. O Dia Nacional do Doador de Sangue, celebrado ontem, relembra a importância deste gesto que pode salvar até 4 vidas, mas que é realizado somente por cerca de 1,8% da população brasileira, conforme informações do Ministério da Saúde.

Gerente do Hemocentro do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB), Andrezza Belluomini Castro, destaca que a doação de sangue requer entrega, disciplina, responsabilidade, compromisso e, principalmente, solidariedade. “Este gesto traz benefícios aos hospitais, aos pacientes e à sociedade, além de ser uma segurança ao cidadão que, a qualquer momento, pode necessitar de uma transfusão. As pessoas que não tem condições de doar também podem contribuir, conscientizando outras pessoas sobre a importância e necessidade da doação”.

O Ministério apontou ainda que, em 2020, as doações de sangue tiveram uma diminuição de 10% no Brasil, e a pandemia da Covid-19 foi uma das principais causas desta queda. “Esta foi uma realidade que vivenciamos no nosso HC e também em outros centros, repercutindo em níveis críticos no estoque de diferentes tipos sanguíneos. Como não há substituto para o sangue, dependemos dos doadores para manter um estoque seguro”.

Solidariedade de pai para filho

Leonel Benedicto Soler é servidor aposentado da Unesp e realiza doações de sangue regularmente desde 1990. Para ele, fazer este gesto de amor é uma grande honra. “No início, você fica preocupado se vai doer, se vai ou não desmaiar, se a agulha é grossa. Porém, com o tempo, você percebe a simplicidade deste gesto, o quanto ele é seguro e faz bem ao próximo. Enxergo a doação como um presente maravilhoso de Deus agindo em minha vida”.

Presente que Leonel não quis guardar somente para si, mas que fez questão de passar de geração para geração. O filho Alex Amaral Soler, que trabalha como bombeiro civil no HCFMB, seguiu os passos do pai e também faz questão de doar sangue regularmente.

“Há exatos 15 anos, quando comecei a trabalhar na Manutenção do Hospital, tive a oportunidade de realizar uma atividade no Hemocentro. Ao chegar, já senti a energia daquele local, a alegria dos funcionários na recepção dos doadores e pude presenciar de perto o quanto é simples e seguro o processo, e isso foi o que me encorajou, naquela mesma semana, a ser doador de sangue e plaquetas. Vejo a doação não apenas como um gesto nobre, de amor ao próximo, mas como uma prática simples para nós, doadores, que se torna importante para quem recebe e um sinal de esperança para seus familiares”.

Futuro educador físico, Lucas do Amaral Soler também se espelha no exemplo do pai (Leonel) para iniciar sua trajetória solidária. “Há uns 5 anos, comecei a doar sangue, mas ainda sem tanta freqüência. Pretendo continuar esta missão de amor e fazer este ato com mais periodicidade”.
Faça a sua doação!

A doação de sangue no Hemocentro do HCFMB pode ser feita de segunda à sexta, das 8h às 16h30 e, aos sábados, das 7h às 12h. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (14) 3811-6041 (ramal 240) e pelo WhatsApp (14) 99624-7055 / (14) 99631-5650.

“Queremos incentivar este gesto de amor, pois é maior do que imaginamos e significa muitas vidas salvas. É um ato de solidariedade e amor ao próximo e que contribui para o equilíbrio do sistema de saúde”, encerra Alba Cristina Albano, enfermeira técnica responsável pelo Hemocentro.

Maíra Masiero
Relações Públicas – GCIM HCFMB

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