Entrevista: vítima da agressão a facadas terá de ficar 30 dias deitada e precisará de quatro meses para se recuperar

A vítima Aline NogueiraNuma rápida entrevista concedida por volta  das 13h desta sexta-feira(03) ao  ItapoNews por telefone, Aline Nogueira, 24 anos falou da agressão a facadas que sofreu do ex-namorado Douglas Morita, 25 anos, com quem tem uma filha de 7 meses, pelo simples fato de ela não o querer mais. Ela teve alta ontem, 02/01, às 22h e já está em casa para recuperação.

Com ferimentos por todo o corpo, não pode ficar em pé e nem carregar a filha, porque os braços têm ferimentos e pontos, e os movimentos são limitados, contou que terá de ficar 30 dias deitada e mais quatro meses engessada, devido à cirurgia que precisou ser submetida em uma das pernas, na altura do joelho, onde sofreu um corte profundo (12 cm), que atingiu o tendão.

Aline informou serem mais de treze facadas. “Além da perna, estou com cortes por todo o corpo. Na barriga, no peito e na cabeça. Só uma perna que não foi atingida”, contou.

Uma correção na quantidade de facadas: Na tarde da tragédia, muito abalados, o pai de Aline e uma tia estiveram na redação do ItapoNews para informar o acontecido. Mostraram fotos com cenas chocantes de sangue por todas as partes da casa inclusive paredes e principalmente do quarto, cama e roupas de cama onde ela dormia com a bebê, e informaram que ela tinha levado 20 facadas, o que se corrige agora para mais de 13 facadas, segundo a própria vítima. 

Fim do relacionamento – Segundo ela, o relacionamento já tinha acabado mas ele não se conformava com o fim e passou a ter atitudes emocionais descontroladas. “Ele implorava, chorava, ficava passando de carro em frente de casa. Foi até aos meus pais aos quais demonstrou descontrole, chorou pra eles também. Ficava passando de carro em frente a minha casa.  Parecia estar louco e dizia aos outros que estava comigo, que dormia em casa, o que não era verdade. Aí fiquei com medo e procurei a Justiça e obtive as medidas protetivas para ele não se aproximar de mim”.

Escândalo na noite anterior – Aline informou também que na noite anterior esteve com duas amigas em uma choperia da cidade e ele chegou fazendo escândalos, quebrando copos e etc. e a polícia foi chamada e tudo, porque ela já estava sob proteção. 

Na manhã da tragédia – “Eu estava com duas amigas dormindo em casa. Passava das 7h e ele chegou e sem chamar ou bater foi logo estourando a porta. Entrou e transtornado dizia que como eu não eu ficar com ele, iria fazer uma ca…. Me matar e se matar em seguida. Até aí ele não portava a faca na mão: estava na cintura. Tentei conversar e pedi a ele para que saísse. Não adiantou. Ele sacou a faca e partiu pra cima de mim me golpeando. As minhas colegas tentaram impedir jogando cadeiras nele mas ele não parava. Vi minha filha ensanguentada e então pedi para ele parar que eu ficaria com ele sim, mas ele disse que não adiantava mais e que iria matar nós duas, eu e minha filha e depois se mataria.  A polícia foi chamada e como começou a chegar gente ele parou e foi para a casa dos pais dele.

Atendimento médico – Segundo ela que estava quase que impossibilitada de andar por causa da facada no joelho, foi se arrastando até à porta e o SAMU chegou rápido e a levou para o Hospital e Maternidade Nossa Senhora das Graças onde foi rapidamente atendida, recebendo curativos e pontos em todas as perfurações e cortes. “Estou viva graças a Deus e fui muito bem atendida no hospital de Itaporanga nos primeiros socorros e que rapidamente me enviou para a Santa Casa de Avaré, por causa do ferimento mais grave, o corte na perna perto do joelho com danos no tendão patelar, que necessitou de atendimento médico de alta complexidade em ortopedia. Fui muito bem atendida também na Santa Casa de Avaré, onde tenho retorno médico no dia 10 deste mês”. 

O que você sente por ele (Douglas)?
– Não sei. Só não esperava que ele fosse capaz de fazer tudo isso.

Sabe onde ele está?
– Não. Não faço ideia. Só sei que depois ele foi para a casa dos pais aqui perto mesmo e discutiu muito com eles.

É verdade que depois o pai surrou muito ele?
– Ouvi comentários disso. Mas não sei e não posso afirmar se isso é verdade.

E os familiares dele, pai e mãe estão te dando apoio?
– Olha, apesar deles serem avós da minha filha, em momento algum eles se manifestaram e nem foram me visitar ou vieram saber se estou bem ou não, ou se eu e a minha filha que está com uma tia minha estamos precisando de alguma  coisa. 

Notícias relacionadas