Nesta sexta-feira(19) a Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Unesp, câmpus de Botucatu, vai sediar a Audiência Pública em Defesa da Citricultura da Região Centro-Oeste. O evento deve reunir representantes dos poderes públicos estadual e municipal, produtores, representantes dos sindicatos de trabalhadores rurais, pesquisadores e estudantes para debater o panorama da citricultura na região.
Programação
O primeiro painel do evento, na manhã do dia 19, terá como tema “Comportamento de preço e custo da citricultura”, com a participação de Priscila Rocha Silva, do Instituto de Economia Agrícola (IEA) e de Maura Esperancini, docente do Departamento de Gestão e Tecnologia Agroindustrial da Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp. Na sequência, Mário Tomazela, diretor do Grupo de Defesa Sanitária Vegetal, fala sobre as ações de defesa sanitária que podem ser implementadas pelo setor.
No período da tarde acontece a mesa redonda “Frente Parlamentar em Defesa da Citricultura” com a participação de prefeitos e vereadores de municípios da região, além de deputados estaduais e federais convidados. A mesa redonda “Necessidades da Citricultura Regional”, com a participação de representantes da CATI, Secretaria Municipal de Agricultura de Botucatu e Associação Brasileira de Citricultores, encerra o evento.
Panorama
Na última década, devido ao baixo preço das terras, condições favoráveis de clima e solo e ausência de doenças como amarelinho e “greening” dos citros, as indústrias de suco concentrado e congelado de laranja passaram a adquirir grandes propriedades rurais na região de abrangência do Escritório de Desenvolvimento Regional de Botucatu.
O plantio de imensos pomares pelas indústrias de suco induziu muitos agropecuaristas, proprietários de pequenas e médias propriedades, a procederem da mesma maneira. Como os pomares plantados pelas indústrias foram feitos empregando tecnologia de cultivo e material vegetativo trazidos das Regiões Norte e Leste do Estado de São Paulo, acabaram trazendo pragas e doenças que não existiam na Região Centro-Oeste.
Dessa forma, o produtor rural do Centro-Oeste foi surpreendido com o alto custo de produção de laranja devido à necessidade de controle do amarelinho e do “greening” dos citros.
Em conseqüência deste fato, os produtores de laranja do Estado de São Paulo estão sendo forçados a vender o produto para a indústria por cerca de um quarto do custo direto de produção.
Com destaque regional, o município de Botucatu, possui 7 milhões de pés de laranja numa área de 15.337 hectares, segundo dados do LUPA/CATI de 2008 envolvendo 47 médios e grandes produtores rurais do município.
A Audiência Pública em Defesa da Citricultura da Região Centro-Oeste representa uma tentativa de debater o problema e buscar soluções eficientes para sua resolução.
O evento é promovido pela Prefeitura Municipal de Botucatu em parceria com a Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp, a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, a Fatec de Botucatu e Associação Brasileira de Citricultores.
Mais informações pelos telefones (14) 3882-9959/ 3882-4422 ou através dos e-mails: [email protected] e [email protected] (Com informações da Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal de Botucatu). Do site da FCA/Unesp/Botucatu