Finalmente, depois de mais de duas décadas, vicinal que liga Itaporanga (SP) a Santana do Itararé (PR) começar a ser recapeada

Tiveram início nesta segunda-feira (25), pelo Programa Estadual Novas Vicinais, as obras de recuperação da estrada vicinal Kazuiohi Kurita, que liga Itaporanga a Santana do Itararé, num trecho de 5,750 Km, até a ponte sobre o Rio Itararé, divisa de estados SP/PR, no bairro Mosteirinho. O custo da obra está orçado em R$ 7.173.008,46 e a empreiteira terá prazo de dois anos para concluir o serviço.

Esse pequeno trecho era um péssimo cartão postal para os motoristas da região Sul do País, principalmente para os do Paraná, acostumados com boas rodovias. Quando adentravam o lado paulista se decepcionavam com a estrada perigosa, com buracos e falta de manutenção. Os de Santana do Itararé e os de Itaporanga, produtores rurais por exemplo, que por necessidade usam o trecho, além de aborrecimentos amargam prejuízos na manutenção de seus veículos.

Esse trecho, embora usado para transportes pesados entre SP e os demais estados do Sul, é de rodovia vicinal, portanto da Prefeitura de Itaporanga, que nunca teve condições de aplicar uma manutenção adequada, devido aos altos custos.

No passado, várias administrações municipais até que tentaram estadualizar o referido trecho, mas o Estado sempre recusou assumir com o argumento de que não teria recursos financeiros para alargar o leito da via e as suas margens, para o que também seriam necessárias demolições de algumas construções e indenizações aos proprietários ao longo dos 5,750 km.

E mesmo com este recape, o problema devera continuar com falta de manutenção, pois sabe-se que sem estadualizar não há como ceder esse trecho à iniciativa privada, através de concessão de rodovias.

Com isso, o referido trecho com traçado perigoso, vai continuar perigoso, principalmente na conhecida curva fechada do Mosteirinho São José, que ao longo da história registra incontáveis acidentes gravíssimos com óbitos.

Só para se ter uma ideia, na eventualidade de uma tragédia, um acidente grave nesse trecho, a concessionária que detém a SP-281 até o trevo, 5,700 km antes, mesmo com guinchos pesados e viaturas com equipes especiais de resgate, não poderá fazer nada, nem por questão de humanidade, porque sua política é clara e seu dever é o de atuar somente em trechos sob a sua concessão.

Sobre essa obra em andamento, a reivindicação e intermediação política junto ao governo de SP e DER para inclusão no Programa Novas Vicinais foi do deputado estadual Edson Giriboni, que ao longo do tempo vem acompanhando essa movimentação.

Notícias relacionadas