Composição teve concluída a etapa de montagem e Metrô prepara início da fase de testes nas vias já construídas; linha entra em operação a partir de 2026
O governador Tarcísio de Freitas realizou na tarde desta terça-feira (1) no Pátio Água Espraiada, na zona sul da capital, uma vistoria técnica ao primeiro trem, das 14 composições encomendadas pelo governo paulista, para a Linha 17-Ouro, que irá conectar o Aeroporto de Congonhas à rede de transporte sobre trilhos. Com a etapa de montagem concluída, o Metrô inicia uma fase de testes para garantir o funcionamento da composição para a linha que vai iniciar a operação a partir de 2026.
“Estamos acompanhando o empreendimento e ele está de acordo com o cronograma projetado. A obra civil está avançando, e os trabalhos nos terminais também estão bem mobilizados. Nos próximos meses, as pessoas começarão a notar uma grande diferença, pois muitos equipamentos estão chegando para instalação”, afirmou Tarcísio.
“Em janeiro colocaremos em funcionamento esse primeiro trem para iniciarmos nossos testes. Nos comprometemos a retomar obras paradas, e vamos entregar isso para a população. Quanto mais interligado o sistema estiver, mais passageiros poderemos atender, proporcionando assim uma melhoria na mobilidade”, acrescentou o governador.
A etapa de testes integra o protocolo de comissionamento, que garante o certificado de segurança para o funcionamento da composição. As atividades começam primeiramente pelos testes estáticos, necessários para a checagem de todos os sistemas do trem, verificando também a conformidade do equipamento com todos os requisitos do projeto. Com essa etapa concluída, serão realizados os testes dinâmicos nas vias do Pátio Água Espraiada, que consistem em verificar o trem em movimento para avaliar sua circulação em diferentes velocidades e condições.
Os testes na via, fora do pátio, estão previstos para janeiro de 2025. Durante esta etapa são verificados a funcionalidade e desempenho de alguns equipamentos como as conexões entre os carros, todos os sistemas elétricos e os sistemas críticos de segurança, por exemplo. Outros elementos como a circulação do trem em baixa velocidade e as funções de engates nas duas extremidades dos carros – incluindo acoplamento e desacoplamento de outro trem – também são aferidos.
Primeiro trem da linha
O primeiro trem chegou ao Pátio Água Espraiada, zona sul da capital paulista, em setembro desse ano, vindo da China, onde foi fabricado, após 40 dias navegando desde o porto de Zhangjiagang, em Xangai.
A segunda composição chegará ao Brasil ainda em 2024 e os demais 12 ao longo de 2025. Todos os trens da frota foram adquiridos junto à BYD Skyrail e foram exclusivamente produzidos para a nova linha de monotrilho.
Projetado exclusivamente para atender ao projeto da Linha 17-Ouro, o trem conta com o modo de operação automática (UTO), utilizando tecnologia de Sistema de Controle de Monitoramento de Trens (TCMS) e sistema de sinalização CBTC, que, por meio de comunicação via rádio digital, forma blocos móveis entre os trens, permitindo maior aproximação entre eles e a redução do intervalo de circulação.
Cada composição deste monotrilho é formada por cinco carros, sendo que os de extremidade contam com 21 assentos cada, enquanto os intermediários têm 24 assentos cada, totalizando 114 assentos e capacidade total para 616 passageiros, incluindo assentos prioritários e áreas para deficiente. A composição possui passagem livre entre os carros, sistema de ar-condicionado, iluminação LED, câmeras de vigilância, sistema de detecção e combate a incêndio, sistema de comunicação audiovisual aos passageiros, com mapa de linha dinâmico e intercomunicador para contato ao Centro de Controle Operacional (CCO).
O veículo mede 3,2 metros de largura, os carros de extremidade possuem 13,5 metros cada e os intermediários têm 10 metros de comprimento cada, além do comprimento da área de passagem que mede 0,95 metros, totalizando 60,8 metros de comprimento. Cada carro possui quatro portas (duas em cada lado) medindo 1,6 metros de largura que respeitam as normas e critérios de acessibilidade. As paredes laterais estão equipadas com janelas panorâmicas, proporcionando excelente visualização do entorno do trajeto e janelas tipo basculantes, que podem ser abertas caso necessário, garantindo ventilação de emergência para os passageiros.
O monotrilho opera sobre uma viga de concreto de 800mm de largura e possui dois truques por carro, sendo cada um equipado com um motor de tração, duas rodas de carga, quatro rodas guia e duas rodas estabilizadoras. O monotrilho opera com uma tensão nominal de 750 Vcc, com velocidade operacional de 80 km/h.
Esse trem é equipado com baterias de tração, que funcionam como fonte de energia reserva para o veículo, garantindo assim que o trem chegue à próxima estação, mesmo que haja interrupção no fornecimento de energia, proporcionando uma segurança maior para o usuário em caso de emergência operacional.
Linha 17-Ouro
Prevista para operar em 2026, a Linha 17-Ouro é o segundo monotrilho de São Paulo e contará com 6,7 km de extensão operacional, além de capacidade para transportar 90 mil passageiros todos os dias. A nova linha vai conectar o Aeroporto de Congonhas à Estação Morumbi da Linha 9-Esmeralda, com integração também à Linha 5-Lilás.
Ao todo, serão 8 novas estações: Morumbi, Chucri Zaidan, Vila Cordeiro, Campo Belo, Vereador José Diniz, Brooklin Paulista, Aeroporto de Congonhas e Washington Luís.
Da Assessoria de Imprensa
Secretaria de Comunicação do Estado de São Paulo