HCFMB passa a utilizar método “drip-an-ship” no tratamento de AVC

 

Hospital é o primeiro da região com capacidade para realizar nova forma de tratamento – O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) tem usado uma nova forma de atendimento a pacientes vítimas de acidente vascular cerebral (AVC) isquêmicos graves, que ocorrem quando há um entupimento dos vasos que levam sangue ao cérebro. O AVC provoca a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea adequada.

O grande desafio no tratamento dos pacientes vítimas de AVC é revascularizar a artéria acometida no menor tempo possível. Nesse sentido, a estratégia “drip-and-ship” significa iniciar o tratamento do paciente que sofreu AVC em um hospital de menor complexidade com medicação via corrente sanguínea e, em seguida, ainda com essa medicação sendo administrada dentro da ambulância, encaminhar esse paciente a um centro de maior complexidade do tratamento, para o uso combinado da técnica intra-arterial.

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Segundo o coordenador da Unidade de AVC do HCFMB Dr. Gabriel Pereira Braga, o método favorece os casos graves de AVC atendidos em outros hospitais de menor complexidade. “Essa forma de atendimento, além de nova na região, favorece a chegada do paciente certo no recurso certo, dentro do menor tempo possível”, explica.

O HCFMB é o único centro na região com capacidade para realizar essa nova forma de tratamento. Além de atuar há mais de 10 anos com terapias de revascularização cerebral no AVC isquêmico agudo, o Hospital é credenciado desde 2015 como Centro de Atendimento de Urgência Tipo III a Pacientes com AVC. A estratégia “drip-and-ship” já foi aplicada com sucesso em dois casos tratados no HCFMB.

Dr. Gabriel afirma que a combinação dos tratamentos aumenta e muito as chances de reparação da artéria acometida pelo acidente vascular. “Um coágulo extenso em uma das artérias citadas tem uma chance de reparação de 6 a 20%, sendo tratado apenas com a medicação endovenosa, ou seja, via corrente sanguínea. Já com a técnica através da artéria, as chances de revascularização chegam a 71%”, diz.

“Além do benefício direto do tratamento, o uso do método “drip-and-ship” no atendimento a pacientes que sofreram AVC proporciona um melhor aproveitamento das potencialidades e recursos dos hospitais locais da região, evitando encaminhamentos desnecessários, que sobrecarregam hospitais de referência”, finaliza Braga. (Vivian Abilio – Núcleo de Comunicação, Imprensa e Marketing do HCFMB)

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