Medicina/Unesp analisa perspectivas e futuro sobre AIDS

Uma das doenças mais presentes em todo o mundo, a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), tem atualmente mais de 33 milhões de pessoas infectadas com o vírus HIV- causador da doença. No entanto, muito mudou ao longo de três décadas da epidemia. Saber como está a prevalência da AIDS no mundo, países com maiores números de casos e o desenvolvimento de pesquisas no combate e políticas de distribuição de medicamentos e de qualidade de vida das pessoas …

 
portadoras do vírus foram os objetivos do ciclo de palestras “Infecção pelo HIV e AIDS: 30 anos depois, onde estamos e para onde vamos?”, realizado dia 1º de dezembro na Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB).

O evento, que reuniu mais de 200 participantes, integrou série de atividades promovidas pelo Grupo de Estudos em Carcinogênese Viral e Biologia dos Cânceres da FMB, Serviço de Ambulatórios Especializados e Hospital Dia “Domingos Alves Meira” e da Liga Acadêmica de Saúde Sexual e Reprodutiva de Botucatu. Uma das propostas foi apresentar resultados e estudos apresentados durante a Conferência Internacional sobre AIDS, realizada em Viena, Áustria, durante o mês de julho.

A primeira palestra da noite abordou a epidemiologia da infecção pelo HIV no Brasil e no mundo. Proferido pela Drª Suzane Ramos da Silva, vinculada ao Departamento de Patologia da FMB, o tema aprofundou as discussões sobre a atual dimensão da doença no mundo. Segundo a palestrante, há características distintas nessa primeira década do século XXI. Houve aumento dos casos em mulheres e em homens que praticam relações sexuais com outros homens.

Segundo Suzane, em 2009 houve 12,6 milhões de novas infecções e 1,8 milhões de mortes relacionadas ao HIV. Ressaltou também que a infestação tem sido mais prevalente em mulheres e que a doença apresenta curva crescente, no Brasil, em municípios com menos de 50 mil habitantes. No entanto, também disse que houve aumento na sobrevida das pessoas portadoras do vírus devido a programas de assistência (sejam eles governamentais ou não) e o crescimento, em treze vezes desde o início da doença, ao tratamento retroviral.

Já o professor Deílson Elgui de Oliveira, reforçou as descobertas na composição genética do vírus. Também discorreu sobre os avanços na forma como o organismo hospedeiro do HIV tem respondido à presença do mesmo.

Na sequência, o médico infectologista Alexandre Naime Barbosa explicitou as novas terapias e a prevenção para o HIV/AIDS. Barbosa participou esse ano, de congressos, em âmbito internacional, sobre as perspectivas de atuação e de combate à doença. Durante a palestra, o médico ressaltou ainda as melhores formas de prevenção como o uso de preservativos nas relações sexuais, sejam elas heterosexuais ou homosexuais; além do não compartilhamento de seringas ou comportamentos que possam levar ao contato com o vírus. (Flávio Fogueral/ Jornal da FMB)
 

 

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