De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura de Itararé, os 25 médicos, que estão com parte de salários atrasados desde abril e que entraram em greve que durou 19 horas na quinta-feira passada, depois de um acordo, suspenderam a paralização, que atingiu o atendimento ao público e os plantões, quando só funcionaram os serviços de
urgência e emergência. O acordo prevê o pagamento de R$ 400 mil em duas parcelas; uma no dia 09 e outra no dia 15 de setembro.
“A Santa Casa de Itararé, como é de conhecimento de todos, há muito está sob intervenção e vem passando por grandes dificuldades financeiras, a ponto de preocupar a continuidade da eficácia na prestação do serviço essencial à comunidade.
A instituição tem um déficit mensal de R$ 80 mil em relação a sua receita o que propiciou atrasos com fornecedores, encargos sociais, empréstimos e funcionários, levando seus administradores a imprimirem grandes esforços na busca de soluções para equacionar esse grave problema.
Neste primeiro momento, segundo o interventor pela Prefeitura na instituição, Diógenes Lopes Machado, a preocupação mais urgente é saldar as dívidas com o INSS, na casa de R$ 300 mil, com o FGTS e com o IRRF, ambas parceladas, para que possibilite reaver o direito de receber verbas vindas de convênios estadual e federal, o que no momento encontra-se bloqueado.
Não bastasse isto, na semana passada médicos que compõem o corpo clínico entraram em greve reclamando saldos de salários desde o mês de abril, que somados atinge o valor de R$ 215 mil que deveriam ser distribuídos à 25 profissionais. A paralisação que durou 19 horas,
Segundo Diógenes, o SUS repassa à Santa Casa mensalmente um recurso específico para pagamento dos médicos, porém esse valor representa cerca de 70% do total a pagar e sempre falta uma quantia próxima a R$ 42 mil, o que vem acumulando mês a mês. “É bom deixar claro que os médicos vem recebendo mês a mês sim os recursos repassados (70% de seus vencimentos) e não estão sem pagamento como correm boatos pela cidade”, afirma.
Diógenes esclarece que a instituição recebeu um pequeno repasse nos últimos dias do Sistema de Saúde Estadual, que somado com o repasse da subvenção feita pela Prefeitura e ainda com um empréstimo que acabou de contrair no valor de R$ 200 mil, junto a uma instituição bancária, somará o valor devido aos médicos, próximo a R$ 400 mil já com os últimos vencimentos incluídos.
Na última quinta-feira, o interventor e o secretário Municipal de Saúde, Luiz Alberto Guimarães, apresentaram proposta de pagamento dos valores em atraso aos profissionais em duas parcelas, sendo a primeira para 09 de setembro, e a segunda para o dia 15 próximo, o que foi aceita pela classe e a greve foi suspensa.
As receitas obtidas pela Instituição vêem do SUS e da subvenção da Prefeitura na compra dos serviços prestados à comunidade e são destinados para cobertura das despesas com Ambulatórios, Plantão à Distância, Plantão In loco, Pronto Socorro, funcionários e logística", explicou a assessoria.