A presidenta Dilma Rousseff fala sobre as UPAs – Unidade de Pronto Atendimento médico que está ajudando a desafogar os prontos-socorros dos hospitais do país e complementando os serviços dos PSFs – Programa Saúde da Família nas unidades básicas. Até agora o governo federal, em parceria com estados e municípios construiu
200, mas a meta até 2014 e construir 900 UPAs.
Luciano Seixas: Olá, bom dia! Eu sou o Luciano Seixas e começa agora mais um Café com a Presidenta Dilma. Bom dia, Presidenta!
Presidenta: Bom dia, Luciano! E bom-dia para você, ouvinte, que nos acompanha aqui no Café!
Luciano Seixas: Presidenta, hoje, eu queria conversar com a senhora sobre saúde. Vamos falar sobre as UPAs, as Unidades de Pronto Atendimento?
Presidenta: Vamos sim, Luciano. As UPAs 24h estão melhorando muito, Luciano, o serviço de emergência na saúde pública do Brasil. Para você ter uma ideia, as 200 novas UPAs que já estão funcionando em todo o país atendem a mais de 2 milhões de pessoas por mês. E, logo, logo, nós vamos ter mais UPAs. Até 2014, o governo federal vai investir R$ 2,7 bilhões para construir mais 900 Unidades de Pronto Atendimento em parceria com os estados e com as prefeituras. Nós sabemos que o desafio é imenso, porque quase 140 milhões de brasileiros e brasileiras dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde, o SUS. E isso significa que o nosso grande desafio é garantir que esse atendimento seja de qualidade para todos. E, quando eu digo atendimento, Luciano, significa ter médicos disponíveis e ter um atendimento humano e respeitoso.
Luciano Seixas: E como funciona uma UPA, Presidenta?
Presidenta: Olha, Luciano, a UPA foi criada para dar um atendimento rápido a quem está com um problema urgente de saúde. Pode ser uma criança que quebrou um braço ou que está com febre, ou que está com diarreia, ou teve asma… Mas pode também ser alguém que sofreu um acidente, um infarto, por exemplo. A UPA está preparada para atender a todos esses casos, sabe, Luciano. Lá na UPA tem médico durante todo o tempo, além de uma equipe de enfermeiros, com equipamentos de raio-X, laboratórios para exames, leitos para os pacientes que precisam ficar em observação e até pequenas UTIs. Se o caso for mais grave, o paciente recebe o socorro necessário na UPA, para depois ser transportado, com segurança, para um hospital nas ambulâncias do SAMU. Mas, Luciano, sabe de uma coisa, a maioria dos casos é resolvida na própria UPA. Para você ter uma ideia, de cada cem pessoas que procuram atendimento nas UPAs, apenas três pessoas precisam ser transferidas para um hospital. As outras 97 resolvem o seu problema lá mesmo e voltam para casa.
Luciano Seixas: Presidenta, mas os hospitais também continuam a fazer os atendimentos de emergência?
Presidenta: Ah, continuam sim, Luciano. E esse atendimento melhorou muito onde as UPAs já estão funcionando. Sabe por quê? Porque a UPA desafoga a emergência dos hospitais, que é para onde todo mundo vai quando tem um problema de saúde. Eu vou te contar, Luciano, o que aconteceu no Hospital Miguel Couto, que é um grande hospital do Rio de Janeiro. Antes da construção das UPAs na região do hospital, cerca de 850 pessoas procuravam o serviço de emergência do Miguel Couto todo dia. Muitas pessoas acabavam esperando muito tempo na fila ou até ficavam sem atendimento. Agora não, com as UPAs, o hospital está recebendo 350 pacientes na emergência e eles são atendidos com mais rapidez. Veja bem, Luciano, um hospital como o Miguel Couto tem toda uma estrutura para atender pacientes que precisam de uma cirurgia de emergência, precisam ficar internados na UTI por um tempo maior ou de uma cirurgia programada, por exemplo. Então, ao desafogar o hospital, a UPA ajuda a melhorar todo o sistema de saúde.
Luciano Seixas: E, quando o paciente é atendido na UPA, mas precisa continuar o tratamento médico, Presidenta?
Presidenta: Para esses casos, existem as Unidades Básicas de Saúde, que são os postos de saúde. Foi bom você ter perguntado isso, porque, às vezes, a pessoa procura a UPA com uma dor de cabeça forte e descobre que está com pressão alta. O médico da UPA vai aliviar o sofrimento dela naquele momento, mas, depois, ela vai precisar continuar o tratamento nas Unidades Básicas de Saúde e não precisa ir na UPA. Nós ainda, Luciano, precisamos avançar muito, mas, hoje, o SUS é uma rede que conta com hospitais, com o socorro e o transporte eficiente do SAMU, com as UPAs e com o programa Saúde da Família, que atende nas Unidades Básicas. Para funcionar bem, um serviço precisa completar o outro, por isso, além de investir nas UPAs, estamos cuidando também das Unidades Básicas de Saúde. Até 2014, Luciano, nós vamos investir R$ 3,5 bilhões para construir e equipar quase 4 mil novas Unidades Básicas de Saúde, e reformar e ampliar outras 21 mil em todo o país. Olha, Luciano, eu me preocupo e trabalho muito para fazer o Brasil crescer e se desenvolver, mas é preciso cuidar especialmente do desenvolvimento das pessoas, porque um país só se desenvolve de verdade se a vida das pessoas melhora. É isso que estamos fazendo quando investimos na saúde. Porque dar qualidade ao atendimento de saúde, Luciano, é cuidar bem das pessoas, é investir no bem-estar de todos os brasileiros e brasileiras. Uma coisa eu posso te garantir, Luciano, nós vamos continuar avançando, a cada dia mais.
Luciano Seixas: Presidenta, a conversa está boa, mas, infelizmente, o nosso tempo hoje chegou ao fim. Obrigado por mais este Café.
Presidenta: Obrigada. E uma boa semana para você e para os nossos ouvintes.
Luciano Seixas: Você que nos ouve pode acessar o Café com a Presidenta na internet, o endereço é www.cafe.ebc.com.br . Nós voltamos na próxima segunda-feira, até lá!