Órgãos da Justiça e Governo já podem analisar relatório da CPI da Pilula do Câncer

(Da assessoria de imprensa do deputado Ricardo Madalena) O relatório final da CPI da Fosfoetanolamina, conhecida como “Pílula do Câncer”, encerrada em 4 de abril de 2018, foi publicado nesta quarta-feira, 25 de abril, no Diário Oficial do Estado. A partir de hoje o relatório já pode ser analisado pelos órgãos competentes, pois passa a ser de conhecimento público.

E em um prazo aproximado de duas semanas, o relatório será também encaminhado, de forma oficial, pela Assembleia Legislativa, para o Tribunal de Justiça de São Paulo, Ministério Público de São Paulo, Ministério Público Federal, Governo do Estado de São Paulo, Procuradoria Geral do Estado de São Paulo, Ministério da Saúde e CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).

“Cabe agora aos órgãos competentes analisar todo nosso trabalho na CPI e dar prosseguimento às nossas investigações, para que os testes sejam feitos com total lisura, responsabilidade e transparência, acabando, assim, com qualquer dúvida em relação aos procedimentos, que devem seguir os protocolos internacionais e da própria Anvisa”, disse o relator da CPI, deputado Ricardo Madalena.

Ricardo Madalena ressalta que o dr. José Otávio Costa Auler Júnior, Diretor da Faculdade de Medicina da USP e Presidente do Conselho Deliberativo do HCFMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), disse em seu depoimento que “a CPI é legítima. Representa os interesses da população e é mais que legítimo se existe uma dúvida se a droga é efetiva ou não que haja uma nova apuração”.

O relator lembra ainda que a equipe de pesquisadores do comitê do ICESP confirmou na CPI que houve um equívoco quanto à dosagem da substância da fosfoetanolamina sintética aplicada aos pacientes.

O RELATÓRIO

O relator da CPI, deputado Ricardo Madalena, diz em seu relatório, de 178 páginas, que diante de tudo que foi apurado nos depoimentos na CPI, recomenda “a retomada imediata das pesquisas sobre a fosfoetanolamina sintética, a “Pílula do Câncer”, com a apresentação de um novo protocolo de estudos sobre o tema, discutido com os idealizadores da substância”

Ele também propõe “que a retomada das pesquisas e a realização de novos testes com a substância fosfoetanolamina sintética sejam realizados em outros institutos de pesquisas e hospitais especializados, no Brasil ou no exterior, e que sejam realizados, sobretudo, com seriedade, transparência, celeridade, profissionalismo, isenção de interesses, honestidade de espírito e de propósitos!”

O relatório sugere ainda que “o senhor governador do Estado determine a promoção da apuração da responsabilidade administrativa, pela eventual série de irregularidades, omissões e mau uso do dinheiro público na realização de pesquisas realizada pelo investigador principal dr. Paulo Hoff e sua equipe do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo”.

A presidência desta CPI foi exercida pelo deputado Roberto Massafera e a vice-presidência pelo deputado Rafael Silva.

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