Pets exigem cuidados extras com o calor; Almofadinhas queimadas, Desidratação, Viroses, Leptospirose, Alergias Sazonais, Parasitas, Dirofilariose, e Hipertermia, são algumas

Algumas dicas deixam os animais seguros e saudáveis

Texto: Sérgio Dias
Fotos: Divulgação

O verão segue com previsão de muita chuva, mas com calor e temperaturas médias altas. Por isso, é importante manter cuidados especiais para garantir a saúde e o bem-estar dos pets. Os maiores perigos para os animais domésticos durante esta estação são: queimadura das almofadinhas das patas, desidratação, viroses, leptospirose, alergias sazonais, parasitas e hipertermia.

Para evitar que os pets adoeçam e permitir que eles aproveitem da melhor maneira possível o verão, é importante seguir as recomendações que dos médicos-veterinários e adotar algumas medidas simples de prevenção.

Ainda que os passeios pareçam ser sempre uma boa pedida nos dias de sol, as altas temperaturas podem ser prejudiciais para os animais, conforme alerta a médica-veterinária Maria Cristina Timponi. “Os passeios que nós fazemos com os pets no verão devem acontecer bem cedinho, quando o sol está mais fraco, ou à noitinha, quando ele está se pondo, evitando, assim, uma hipertermia – quando a temperatura fica mais alta que o normal, o que pode provocar, inclusive, a morte do animal”, afirma a médica-veterinária.

Os animais que têm pelos longos podem sentir ainda mais calor, por isso os pelos podem ser mantidos mais curtos no verão por meio das tosas. Isso só não deve ser feito nas raças que têm subpelo, caso do Malamute, Husky Siberiano, Chow-chow, Akita e Spitz. A pelagem desses animais funciona como um isolante térmico, além disso, a tosa pode mudar completamente a textura do pelo.

Além do calor, as idas a parques e praças também podem significar contato com doenças e parasitas, como pulgas e carrapatos. Antes dos passeios é importante certificar-se de que os cães estão com as vacinas e o tratamento preventivo em dia. Quando chegar em casa, o tutor deve verificar se o pelo do animal está limpo e sem indícios de parasitas.

É importante manter os animais hidratados nessa estação. A água deve ser fornecida à vontade, pois ajuda muito na diminuição da temperatura corporal. Embora não seja tão comum, o uso de protetor solar, especialmente em pets de cor clara é indicado. O protetor pode ser usado tanto nos gatos quanto nos cães das raças Boxer, Bull Terrier, Pitbull e outros animais brancos que tenham pelos curtos e estejam mais expostos aos raios solares, já que eles correm um risco maior de desenvolver câncer de pele.

Enfermidades mais comuns aos pets no verão

Almofadinhas queimadas

O solo quente pode causar danos sérios ao queimar a base das patas de cães e gatos. Podem ser sinais de queimadura se o animal coxear ou recusar-se a caminhar, se forem observadas bolhas ou vermelhidão no local, ou se ele lamber ou mastigar as patas que ficaram mais escuras do que o normal.

Desidratação

A desidratação ocorre como resultado de uma diminuição acentuada do líquido corporal. Os sintomas mais comuns são vômitos intensos, febre, ingestão insuficiente de alimentos ou água e diarreia. É realmente uma doença grave, que deve ser corrigida imediatamente. Outros sintomas consistem em olhos fundos, diminuição do apetite, boca seca, perda de peso, volume excessivo de urina e fraqueza.

Viroses

As viroses intestinais também são bastante incidentes no verão. É o caso da parvovirose que causa uma diarreia com sangue. Nesse caso, o vírus é mais resistente ao calor. A imunização contra a doença faz parte do calendário regular de vacinação dos cães.

Leptospirose

Outra doença comum nesta estação é a leptospirose. É uma doença bacteriana transmitida pela urina do rato, que se mistura na água e penetra no organismo do homem e dos cães (os gatos são mais resistentes) provocando lesões irreversíveis no rim, podendo levar a óbito.

Os sintomas consistem em febre, dores nas articulações ou no corpo, vômitos, fraqueza, secreção nasal e nos olhos, diarreia e maior ingestão de água. É possível prevenir com vacinas anti-leptospirose, ou múltiplas. Além disso, evitar que os cães entrem em lagos e rios pode ajudar a reduzir as chances de contágio.

Alergias Sazonais

Problemas dermatológicos são muito mais frequentes no verão do que no inverno. Isso ocorre porque as bactérias se desenvolvem mais facilmente no calor e a Malassezia, que é um tipo de fungo causador de alergias, também tem preferência por calor e umidade. Os cães podem ser alérgicos a uma série de itens sazonais, como pulgas, grama e diversas plantas.

Parasitas

Os cães estão sujeitos a parasitas internos e externos. As parasitoses por giárdia também são muito mais frequentes no verão. Caso a presença permaneça negligenciada, podem resultar na morte do animal, por isso é muito importante descobrir os sinais. Normalmente os sintomas incluem pelagem desalinhada ou sem brilho, perda de peso, perda de apetite, tosse, vômito e diarreia, dor de estômago, anemia e fezes com sangue. É aconselhável que o tutor procure rapidamente o médico-veterinário para obter o reconhecimento positivo de parasitas.

Dirofilariose

Existe ainda o perigo da Dirofilariose, chamado verme do coração. Mais comum na região do litoral, a doença é transmitida pela picada de mosquito. Como forma de prevenção, há um comprimido que pode ser administrado 30 dias antes da viagem. Quem mora em regiões de alta incidência da doença, deve estar sempre protegendo o animal com medicações e o uso de coleiras repelentes.

Embora seja comumente encontrada em cães, a dirofilariose também pode afetar os gatos. A dirofilariose é mais comumente observada em climas mais quentes. Facilmente transmitida por picadas de insetos ou contato com outro animal infectado, esta doença inibe o bombeamento e o funcionamento adequado do músculo cardíaco e pode causar insuficiência cardíaca se não for tratada.

Hipertermia

Ocorre quando o animal perde seu potencial natural para controlar a temperatura corporal. A hipertermia é uma ameaça perigosa à vida dos animais; em alguns casos, pode ser mortal. Os sintomas consistem em maior frequência cardíaca, maior salivação, língua avermelhada brilhante, gengivas avermelhadas ou pálidas, depressão, fraqueza e tontura.

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