Programa de rádio “Café com a Presidenta”

No programa desta semana, a presidenta Dilma Rousseff fala sobre os atletas paraolímpicos brasileiros, que deram show no Parapan-americanos realizado em Guadalajara(México) e sobre a indústria naval, com entrega do primeiro navio brasileiro do PAC.

Rádio Nacional, 28 de novembro de 2011

Luciano Seixas: Olá, eu sou o Luciano Seixas e estou aqui para mais um “Café” com a presidenta Dilma Rousseff. Bom dia, Presidenta, tudo bem?

Presidenta: Tudo bem, Luciano. E um bom dia para todos os nossos ouvintes.

Luciano Seixas: Presidenta, eu queria começar o programa de hoje dando os parabéns aos atletas que representaram o Brasil nos Jogos Parapan-americanos, no México. Eles tiveram um excelente desempenho, não foi?

Presidenta: Foi, sim, Luciano. Nossos atletas deram um show lá em Guadalajara. O Brasil conseguiu mais uma grande conquista no Parapan: ganhamos o primeiro lugar. Foi com muita emoção que eu recebi a delegação brasileira no Palácio do Planalto, na semana passada. Esses atletas, Luciano, mostraram determinação para ultrapassar seus limites e superar, portanto, os preconceitos. Eles são um exemplo para as pessoas com deficiência, e para todos nós. São pessoas que poderiam ter outra história de vida, mas escolheram ser vencedores.

Luciano Seixas: É verdade que muitos desses atletas contam com o apoio do governo, Presidenta?

Presidenta: É verdade, Luciano. Dos 222 atletas que disputaram o Parapan, 162 recebem o Bolsa Atleta do governo federal, pago pelo Ministério do Esporte. É isso que permite a eles treinar, participar de competições e obter vitórias como essa agora, no México. O Bolsa Atleta é o maior programa do mundo de apoio direto ao atleta. Os resultados são extraordinários: 80% das medalhas obtidas lá no Parapan foram conquistadas pelos atletas que recebem o Bolsa Atleta.

Luciano Seixas: O encontro da senhora com a delegação do Parapan foi mesmo muito bonito!

Presidenta: Eu senti uma emoção enorme ao cumprimentar cada um dos atletas e cada uma das atletas, entre eles, o Daniel Dias, que conquistou 11 medalhas de ouro na natação. Desde que nasceu, com má-formação nos pés e nas mãos, o Daniel teve o apoio firme de seus pais para viver essa história de superação. Sabe, Luciano, quando o Daniel colocou as medalhas no meu pescoço e me disse que transformou o que era uma limitação numa vantagem, reforcei o compromisso do meu governo de assegurar apoio e de garantir oportunidades para cada uma das pessoas com deficiência desenvolverem todo o seu potencial.

Luciano Seixas: Mudando de assunto, Presidenta, na sexta-feira, a senhora participou, no Rio de Janeiro, de um evento muito importante para a indústria naval.

Presidenta: É verdade, Luciano. Eu estive no Estaleiro Mauá, lá em Niterói, para a entrega do primeiro navio, do PAC para a Petrobras, feito por um estaleiro brasileiro nos últimos 14 anos, o navio que recebeu o nome do nosso grande economista Celso Furtado. Esse navio é um marco muito importante na retomada da nossa indústria naval. Estamos agora fabricando navios, fazendo investimentos e criando empregos aqui no Brasil, ao invés, Luciano, de exportá-los para outros países. Esse setor é capaz de gerar, não só muitos empregos, mas ele tem o poder de gerar muita riqueza para o Brasil. Os estaleiros hoje, só para você ter uma ideia, empregam 60 mil trabalhadores, tanto no Rio de Janeiro como em Pernambuco, no Amazonas, no Rio Grande do Sul, na Bahia, em São Paulo e em Santa Catarina. Mas não é só para esses estados que a indústria naval é importante. Suas encomendas de peças e equipamentos geram empregos em fábricas de todo o país.

Luciano Seixas: E o Brasil vai continuar investindo na sua indústria naval, Presidenta?

Presidenta: Vai, sim, Luciano. Até 2014, vamos construir, expandir e modernizar os estaleiros da nossa indústria naval. Já, este ano, foram centenas de embarcações e cinco novos estaleiros que estão sendo contratados para começar a construir os navios, as plataformas e as sondas. Nunca podemos esquecer que o Brasil já teve, na década de 70, o segundo maior parque naval do mundo. Mas, por falta de estímulos do governo, por falta de política industrial que focasse e que desse importância à geração de empregos para os trabalhadores e as trabalhadoras brasileiras, entrou em declínio, e praticamente desapareceu no final dos anos 90, quando chegou, Luciano, a ter menos de 2 mil trabalhadores. Agora, a grande demanda por plataforma, por sonda que existe em todo o mundo, é dada pela Petrobras por causa da exploração do pré-sal. Não só do pré-sal, mas do pós-sal também, ou seja, de todo o petróleo que há no Brasil. Por isso, o Brasil vai crescer, não só porque vamos ser ricos em petróleo, mas também porque vamos construir uma sólida e complexa indústria de fornecimento de equipamentos, de bens e também, Luciano, de prestação de serviços. Isso tem a ver com software, com tecnologia da informação, enfim, é o Brasil se movimentando para se transformar em um grande gerador de emprego para o povo brasileiro; e emprego de qualidade, Luciano.

Luciano Seixas: Presidenta, nosso tempo chegou ao fim. Obrigado por mais este “Café”.

Presidenta: Olha, Luciano, eu é que te agradeço. Um bom dia e uma boa semana para todos.

Luciano Seixas: Você que nos ouve pode acessar este programa na internet, o endereço é www.cafe.ebc.com.br. Voltamos segunda-feira, até lá.

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