Santana do Itararé completa 48 anos de emancipação política

Com cerca de 6.000 habitantes e localizado no segundo Planalto paranaense, na divisa com São Paulo, o município de Santana do Itararé-PR, completa no próximo dia 22 de outubro, 48 anos de emancipação política. Para comemorar a data a administração municipal preparou uma programação que contará com shows musicais, atividades culturais, sociais e esportivas durante todo o fim de semana. Veja a programação e confira mais informações desse município.

PROGRAMAÇÃO:

Dia 21 QUARTA-FEIRA
23:00h – Baile com os Pratas do Sul na Associação Atlética Santanense – Promoção Rádio Santana FM.

Dia 22 QUINTA-FEIRA
As comemorações começam no dia 22 de outubro ás 16h com o desfile cívico que contará com participação de mais mil alunos das escolas do município.

Dia 23 SEXTA-FEIRA
22:00h – Centro Cívico apresentação das manobras radicais da EQUIPE FORÇA E AÇÃO MOTO SHOW

Dia 24 SABADO
18:00h – Centro Cívico – MOTOSHOW – Encontro Regional de Motociclistas – RODOBEL
23:00h – Baile com os Pratas do Sul na Associação Atlética Santanense – Promoção Rádio Santana FM

Dia 25 DOMINGO
Centro Cívico – MOTOSHOW – Encontro Regional de Motociclistas – RODOBEL
 

 

Localização
Prefeito José IsacO município de Santana do Itararé, está localizado no segundo Planalto Paranaense (Ponta Grossa), na região nordeste do estado, conhecida como Norte Pioneiro do Paraná e a 23º de latitude sul e 49º longitude oeste. Localiza-se a 09 km da divisa entre os Estados do PR/SP. A distância até Curitiba (capital) é de 320 km, de Ponta Grossa 220 km e de Londrina 230 km. Fica ainda há 367 km de São Paulo (capital) e 267 km de Sorocaba. O prefeito é José de Jesus Isac(PT) e seu vice-prefeito é Jurandir Marcondes.

 

Prefeito José Isac

Prefeitura de Santana do Itararé

Economia – Santana tem como base de sua economia a atividade agropecuária, com uma diversificação  da atividade na última década. Hoje, além do feijão e milho, cultiva-se trigo, soja, frutas, aveia e triticale. A mão-de-obra gerada na agricultura se restringiu apenas ao cultivo do feijão e da fruticultura, uma vez que Santana do Itararé possui hoje uma agricultura moderna, com a implementãção de máquinas, colheitadeiras e irrigações em larga escala. Hoje o município é um dos maiores produtores de feijão do Paraná. Em consequência dessa modernização na agricultura e principalmente ao declínio da Fazenda Mamoro, iniciou-se um êxodo rural nas décadas de 70 e 80, culminando no "quase" fim da agricultura familiar e migração dos habitantes para Curitiba e grandes cidades do interior de São Paulo.

Centro de atendimento municipa

Pecuária
Na pecuária destaque para o gado leiteiro que tem crescido além do gado de corte devido a novas técnicas implementadas na criação e a qualidade genética, melhorando a qualidade do leite e sua produtividade.

Extração de Areia
O município destaca-se também na extração de areia sob o Rio Itararé.

Indústria
Santana do Itararé tem crescido na geração de empregos na indústria. Hoje há um parque industrial implantado (antiga Barigui) com a construção de barracões industriais pela Prefeitura Municipal. Possui:
Fábrica de Ração (AGS); Olaria (Fábrica de Tijolos e Telhas); 2 Confecções (Costura/Jeans); Frutamil (Polpas de Frutas).

Geografia
Possui uma área de 251 km², representando 0.1261% do estado, 0.0446% da região e 0.003% de todo o território brasileiro. Localiza-se a uma latitude 24º06’45" sul e a uma longitude 49º19’54" oeste, estando a uma altitude de 545 metros. Sua população estimada em 2007 era de 6.138 habitantes.

Hidrografia
Santana do Itararé, possui uma rede hidrográfica vasta e complexa, na qual todos os rios, ribeirões e riachos correm em direção ao Rio Itararé, o qual é um rio nacional servindo de divisa entre os estados do Paraná e São Paulo. O Rio Itararé é um rio de grande porte cercado por mata nativa e ranchos de lazer.É um rio ideal para pesca, inclusive com bote a motor. As espécies de peixes encontradas são: piava, piau, curimba, pacu, dourado, cadela, tubarana, tucunaré, traira, tilápia, lambari, tambiu, bagre, cascudo e mandi. O rio da Fartura corta todo o município no sentido norte-sul indo divisar com o município do Salto do Itararé e depois desembocar no rio Itararé. O rio da Fartura é responsável pela drenagem do território, recebendo as águas do ribeirão do Souza, ribeirão da Onça, ribeirão das Pombas, ribeirão Manduri, ribeirão Juruema e rio das Pedras, todos os seus respectivos afluentes drenam toda a região oeste do município. No lado leste todos os ribeirões deságuam diretamente no Itararé, como o ribeirão Campina, rio Guaicá e o rio da Grama que serve de divisa com o município de São José da Boa Vista.

Em Santana do Itararé encontram-se dois acidentes geográficos, com a formação de quedas d água. Na região conhecida como Água das Pedras o rio da Fartura forma dois saltos subsequentes batizados por SALTINHO, escavado em leito de pedra maciça onde o desgaste das águas formaram degraus naturais ao longo da queda. Ao norte do município um segundo salto no ribeirão das Pombas na região Fazenda Sene, conhecido como Cachoeira do Sene, formando uma única queda d água.

Clima
Subtropical úmido mesotérmico, com verões quentes e geadas pouco freqüentes, com tendência de concentração das chuvas nos meses de verão, sem estação seca definida. Nos meses de janeiro e fevereiro as chuvas constantes aumentam o fluxo das águas do rio da Fartura que margeia a cidade e este acaba invadindo as ruas baixas provocando estragos e pôr vezes desabrigando famílias inteiras. A média das temperaturas dos meses mais quentes é superior a 22º graus C e a dos meses mais frios é inferior a 18º graus C.

Relevo
O município apresenta um relevo de forma onduloso com pequenas elevações sem importância. Com rochas de formação do período cambriano; o solo de Santana do Itararé é dividido em duas partes cerca de 40% do território é de solo vermelho originário da decomposição de rochas basálticas, o restante de terra branca.

Vegetação
As matas de Santana do Itararé bem como em outras regiões foram reduzidas sensivelmente devido a colonização da área para o cultivo da terra (agropecuária); restando apenas algumas pequenas porções de mata fechada. As principais espécies encontradas no município são: peroba, ipê-roxo, cambará, cabreúva, pau d’alho, pinheiro-do-paraná, cedro e etc.

Demografia :População Total: 6.138 hab.

Eleitorado: 4.300 eleitores
Urbana: 3.965
Rural: 2.173
Homens: 2.997
Mulheres: 3.141

IDH-M Renda: 0,626
IDH-M Longevidade: 0,694
IDH-M Educação: 0,767
[editar] Turismo
Fundação: 22 de Outubro de 1961.
Tradicional FESTA DE SANTA`ANA: 27 de julho.
Igreja Matriz de Santa’Ana

A festa de Santa`Ana, é uma das mais tradicionais da região, atraindo caravanas dos estados do Paraná e São Paulo.

Turismo Natural
Santana do Itararé possui um grande potencial turístico, devido a seus rios e belas cachoeiras que formam piscinas naturais cercadas por florestas com trilhas para prática de esportes radicais como o Cross-Country, o que faz do turismo natural um setor promissor, atraindo pessoas de toda a região.

Cachoeiras:  Saltinho e Sene

Tradições
Em Santana do Itararé como em qualquer outra pequena localidade, as tradições e o folclore faz parte do cotidiano dos habitante. A tradição mais antiga do município é a festa da padroeira realizada anualmente nos dias 24, 25 e 26 de julho. A primeira edição desta festa ocorreu no ano de 1857, seguindo os costume e restrição da época que resumiam-se em fazer doce variados e nos dia festivo colocá-los na porta de casa para que o zotro se servisse, além disto as comemoração religiosas eram as mais lembrada, como missas e procissão com a imagem de Nossa Senhora Sant Ana. Hoje entramo na 151ª edição desta festa sendo assim uma das mais antigas festas religiosas de todo o norte do Paraná.

História
Origem do Nome
De origem religiosa e geográfica. O termo ANA, vem do hebraico "HANNAH" graciosa, e no latim ficou "amma" ele (Deus) favoreceu-me. Segundo os evangelhos apócrifos, Ana seria muito idosa para ter filhos, mas um anjo veio contradizer a natureza e desta forma nasceu a Virgem Maria, Mãe de Jesus. A igreja canonizou Santa Ana no Séc. VI.

O termo Itararé é de origem tupi "Ita" pedra + "ra ré" escavada, ôca. Lapa cavada pelas águas, conduto subterrâneo, sumidouro, pedra que o rio cavou.

A História da Fundação

No ano de 1845 terminava a Guerra dos Farrapos no sul do Brasil, com a promessa do Imperador D. Pedro II de criar uma nova província para que esta ficasse sob influência gaúcha. Assim feito era desmembrado a 19 de dezembro de 1853 a Província do Paraná desmembrando-se de São Paulo, e no mesmo dia era nomeado o primeiro presidente da Província Zacarias Góes de Vasconcelos.

O presidente preocupou-se, sobretudo em colonizar a região norte da província para evitar possíveis invasões por parte dos povos hispânicos. Criou-se então incentivos para atrair colonos; como terras em livre acesso e ajuda financeira para as primeiras safras. Atraídos pelos incentivos e desgostosos pela crise de 1842, milhares de mineiros partiram em direção da nova província e dentre eles a FAMÍLIA BARBOSA que adquiriu uma grande quantidade de terras no norte do Paraná.

Mesmo com todo o esforço do presidente, a colonização era dificultada pelos índios Xavantes e Kai-Kangs que sempre invadiam e destruíam as roças, no intuito de expulsar os invasores de suas terras. Com este fato Zacarias Góes, envia um comunicado a Santa Sé no Vaticano pedindo a frades Jesuítas para catequizar os índios e assim facilitar a colonização. Atendendo o pedido, desembarcam no Porto de Paranaguá, em 6 de dezembro de 1854, três frades sendo Timotheo de Castelnovo, Pacífico de Monte Falco e Mathias de Gênova. Cada um deles é enviado para uma região da província e o Frei Mathias vai para o norte, para a possessão de Nossa Senhora do Pirapó, atual Sertanópolis. Depois de um ano de trabalho, uma epidemia de malária, faz com que o frei pedisse licença do comando da possessão e seguisse para Castro para tratar de sua saúde. No decorrer da viagem ele pernoitou na Fazenda Barbosa, onde os proprietários JOÃO BARBOSA e ANA BARBOSA contam de uma capela construída em 30 alqueires de terras doados por eles para a Igreja Católica em louvor a Santa Anna. O frei então celebra uma missa e abençoa a capela, depois segue para Castro e mais tarde Araucária. Como a leva de migrantes continuava, estes fixavam moradia em torno da capela, e assim nascia no ano de 1856 a POVOAÇÃO DE NOSSA SENHORA SANT’ANNA DO PASSO DOS BARBOSA. Com o passar do tempo os moradores passaram a chamar o povoado de PASSO DOS BARBOSA, e mais tarde simplesmente BARBOSA.

No ano de 1880 eleva-se a Comarca o município de São José do Cristianismo, e este fica com domínio político e jurídico sobre Barbosa, que anteriormente pertencia a Comarca de Castro.

No ano de 1891, o povoado é elevado a categoria de Distrito e reconhecido em 1893, quando é criado o Cartório do Registro Civil e de Imóveis, neste período o distrito já aparece com o nome de Santana do Itararé, porém não existe registros de quem partiu a idéia da troca do nome. Um fator foi crucial na decadência de Santana do Itararé e São José da Boa Vista. Como eram núcleos mestres na região o trajeto original da rede ferroviária era de cortar São José e Santana e então criar as duas estações das mais importantes para o escoamento de produtos já que as duas agências fiscais ali localizavam-se. Porém os coronéis das duas localidades, chefiados pelo Coronel Lico Pereira, não permitiram que o trem por ali passasse sob a alegação, que este iria trazer doenças, prostitutas e ladrões. O desvio foi feito e a estrada de ferro levada para o Patrimônio de Novo Horizonte em 1917 e inaugurada em 1918. O Patrimônio então mudou de nome para Brazópolis, que iria dar origem ao município de Wenceslau Braz, graças ao progresso que seguiu o trem de ferro.

Em 1920 a divisão territorial ordenada pelo governador do estado, oficializa o distrito de Santana do Itararé como parte do município de São José da Boa Vista.
Em 1935 o distrito de Brazópolis é elevado a categoria de município e a sede da comarca é transferida de São José para o novo município que chamou-se Wenceslau Braz e que agora tinha o controle de Santana do Itararé e de São José da Boa Vista que havia perdido o título de município.
Na década de 50 iniciam-se as lutas pela emancipação do distrito, tantas foram as tentativas que no dia 25 de janeiro de 1961 o Governador Moisés Lupion aprova a Lei Estadual N.º 4.338/61 do Deputado Joaquim Néa de Oliveira e cria o município de Santana do Itararé, desmembrando-se de Wenceslau Braz, sua publicação acontece no Diário Oficial N.º 274 de 7 de fevereiro de 1961, e sua instalação deu-se a 22 de outubro de 1961 e é empossado o primeiro prefeito eleito a 7 de outubro do mesmo ano.
Ao longo de sua história, Santana do Itararé contou com a ajuda de imigrantes para desenvolver-se; dois grupos destacaram-se: os Poloneses e os Japoneses.
Os primeiros a chegarem no então povoado, foram os poloneses. Oriundos da região leste do país das cidades de Varsóvia e Cracóvia, aportaram no final do século passado no porto de Paranaguá, um vapor vindo da Europa trazendo vários imigrantes que espalharam-se pelo Paraná e Santa Catarina, dentre estes vieram os Koproski e os Krocheski, que primeiro foram para São José da Boa Vista e depois para Santana do Itararé. Instalaram-se em uma única propriedade, na tentativa de manter a união diante das grandes dificuldades, onde a língua era a maior. Viviam exclusivamente da agricultura seguindo a maneira produtiva local. Com o passar do tempo e a entrada de brasileiros nas famílias e a falta de interesse pela preservação de sua cultura os poloneses perderam sua identidade enquanto imigrantes de uma longínqua nação.

Os japoneses também foram pioneiros de Santana do Itararé, eles ali entraram 18 anos antes da emancipação. Foi na colônia Juruema que os japoneses instalaram-se, em 1943, para desmatar a propriedade de Yasutaro Matsubara. Enviados pelo proprietário, chegam Tomizo Nakagakiuti e duas famílias nipônicas. Cultivar batatas, tomate e desenvolver a avicultura eram seus objetivos.

No ano de 1947 entram na mesma propriedade mais 18 famílias, lideradas por Akira Suzuki. A colônia Juruema está grande e comporta uma Associação de Moradores que é fundada no ano seguinte, sob a presidência de Tomizo Nakagakuiti. A colônia não só crescia em termos populacionais, como também em produtividade. Com isso, a Cooperativa Agrícola de Cotia, instalou uma filial em Santana do Itararé.

Curiosidades
Santana possuia mais de 15.000 habitantes nas décadas de 60 e 70. Hoje essa população está reduzida em pouco menos da metade, ou seja, 6.000 hab.

Possuía três agências bancárias: CAIXA, BANCO DO BRASIL e ITAÚ. Hoje há apenas o BRADESCO.

Devido a tecnologia empregada e uma terra fértil, Santana do Itararé é um município extremamente rico na produção de grãos como milho e soja, tendo destaque de âmbito nacional na produção de feijão.

 

 

 

 
 

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