Situação desesperadora: comerciantes de Itaporanga fazem manifestação contra as restrições do Plano SP; região está na fase vermelha

Vários comerciantes fizeram uma manifestação nesta quinta-feira (18) contra o fechamento de comércios não essenciais. Eles se reuniram na Praça João Abdalah, desceram a Rua São João até a Rodoviária, pegaram a 7 de Setembro, até a Felipe Vita e na Aparício Fiuza de Carvalho desceram até a Rua 7 de Setembro, na Prefeitura, onde se posicionaram na frente do prédio até o prefeito Douglas Benini aparecer. Mas o prefeito não pode fazer nada, porque os municípios são obrigados a seguirem o que o Estado determina.

Expuseram as dificuldades e imploraram pedindo ajuda ao prefeito Douglas para uma flexibilização. Porém ele disse que estava subordinado ao Estado e que tinha de obedecer o Decreto Estadual que classificou a nossa Região, de Bauru, na fase vermelha, a mais restritiva.

Douglas Benini ainda citou vários municípios – Avaré, Itapeva e Bauru – que desobedeceram o Decreto Estadual e acabaram sofrendo sérias consequências de pesadas multas aplicadas pela Vigilância Sanitária Estadual aos estabelecimentos que reabriram.

“Todo trabalho é essencial, e a transmissão do Covid-19 não está no comércio. Estamos unidos para defender a vida e a atividade econômica que gera emprego e renda às famílias”, cartaz

Alguns citam exemplos e fazem comparações que nos levam a entender que o plano está sendo rigorosamente muito injusto, prejudicando os mais fracos: “Se as fábricas de confecções com 100, 200 ou mais funcionários, um próximo do outro dentro de um barracão fechado podem; se os supermercados lotados podem; se as escolas mesmo com os 35% dos alunos podem; se os ônibus lotados podem, porquê nós, pequenos comerciantes, mesmo seguindo as normas sanitárias não podemos?”, questionam.

Muitos pequenos comerciantes já não aguentam mais e não estão conseguindo sequer pagar aluguel e funcionários, e por isso estão fechando as portas e demitindo. Há relatos de muitos que mesmo a contragosto são obrigados a despedir funcionários, com filhos e crianças pequenas para alimentar. “Corta o nosso coração ouvir o funcionário pedir pelo amor de Deus para mantê-lo, para que pelo menos possa continuar alimentando a família”, disse um desses comerciantes.

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