Depois do serviço do Transporte Público Coletivo, a Secretaria Municipal de Transporte (Semutran) concluiu na manhã desta quarta-feira [16] mais uma concorrência pública: a dos parquímetros. No Auditório Cyro Pires, a Comissão Permanente de Licitações (Copel)
abriu as propostas para a contratação da empresa que irá implantar, explorar e fazer a gestão das áreas destinadas ao estacionamento rotativo em Botucatu.
Com o valor de R$ 823 mil anual e outorga de 11,40% sobre o faturamento bruto mensal [mínimo previsto em edital era de 7%], foi declarada vencedora do certame a Autoparque do Brasil, que terá a concessão do serviço pelos próximos dez anos. O contrato com a empresa, que contabiliza 15 anos de atuação no segmento e atua em cidades como Carapicuíba e Taboão da Serra, deverá ser assinado nos próximos dias e o serviço implantado no prazo máximo de 90 dias.
Os parquímetros são dispositivos eletromecânicos que visam resolver o problema crônico da baixa rotatividade dos veículos que ocupam vagas na área de Zona Azul e dificultam o estacionamento na região central das cidades. Em Botucatu, a princípio, serão instalados 37 parquímetros, em raios de 60 metros um do outro.
Região abrangida – O trecho de vias abrangido, inicialmente, será o da Rua Prudente de Moraes até a Rua Coronel Fonseca [ao lado da Praça Coronel Moura – Paratodos], nos cruzamentos com as ruas João Passos, Amando de Barros e Curuzu; além da Avenida Floriano Peixoto, entre as ruas Djalma Dutra e Tiradentes. De acordo com o edital, inicialmente serão disponibilizadas 963 vagas na área de Zona Azul com possibilidade de ampliação para até 1.800 vagas.
Moedas ou cartões – O pagamento da tarifa de estacionamento poderá ser feito com moedas ou cartões magnéticos recarregáveis. Pelo cartão, o usuário terá a opção de pagar R$ 0,35 pelo período de 15 minutos. Em moedas, o serviço fixa o custo mínimo de R$ 0,70 para a permanência de 30 minutos do veículo. A vaga na Zona Azul ainda poderá ser ocupada por uma, uma hora e meia ou duas horas, que respectivamente terão tarifa de R$ 1,40, R$ 2,10 e R$ 2,80. Depois deste prazo, os motoristas têm de trocar de vaga ou ir a outro local fora do estacionamento cobrado.
Tecnologia – Os usuários poderão carregar seus cartões magnéticos no próprio parquímetro, como também pela internet ou base da empresa, que será instalada em um imóvel na região central. Policiais militares deverão ser capacitados para fazer as fiscalizações nas ruas abrangidas pela Zona Azul. Estes agentes estarão equipados com smartphones conectados à internet e a um sistema de GPS, que identificará se determinado veículo está ou não de forma regular na vaga.
Caso sejam notificados pelo estacionamento irregular ou expiração do tempo permitido na Zona Azul, o motorista terá a possibilidade de pagar em um prazo de 24 horas uma taxa de R$ 10. Se o mesmo não for feito, o condutor fica sujeito a multa de R$ 54 e três pontos na Carteira Nacional de Habilitação.
Frota de carros é de 47 mil – Na avaliação do secretário municipal de Transporte, Vicente Ferraudo, o novo sistema, além de garantir rotatividade das vagas, possibilitará maior fluência do trânsito. “Isso porque muitos motoristas chegam a parar o trânsito na espera de uma vaga, e isso no horário de pico provoca transtornos. Mas o importante mesmo é de fato garantir nas vias públicas espaço para o estacionamento de carros principalmente àquelas pessoas que vão ao Centro para serviços relativamente rápidos, como pagar uma conta no banco ou fazer determinada compra em uma loja, o que hoje, numa Cidade com uma frota superior a 73 mil veículos, 47 mil apenas de carros, está cada vez mais inviável”, diz.
Serviço
Atualmente, a Zona Azul funciona de segunda a sexta-feira, das 9 às 18 horas, e aos sábados, das 9 às 17 horas.