A Faculdade de Medicina de Botucatu/UNESP (FMB) oficializou na manhã desta quarta-feira, 5 de janeiro, a contratação da empresa que construirá o novo e mais moderno prédio do Complexo de Pesquisa da instituição, a Unipex (Unidade de Pesquisa Experimental). Representantes da empresa que venceu a licitação se reuniram com o diretor da FMB, professor Sérgio Müller, a vice, professora Silvana Artioli Schellini e a presidente da Comissão de Pesquisa da faculdade, professora Célia Regina Nogueira, para a assinatura do contrato.
O empreendimento será realizado pela empresa Elgel Eletricidade e Engenharia LTDA, que deve iniciar as atividades ainda na primeira quinzena de janeiro. Os laboratórios que irão compor o complexo de pesquisa experimental estarão voltados para a realização de experimentos básicos nos mais diversos segmentos da medicina: cultura de células, biologia molecular, análise de patologias, entre outras aplicações.
Durante a assinatura do contrato, o diretor da FMB falou sobre a importância dessa unidade de pesquisa experimental para a FMB e para a toda a sociedade. Ele pediu que a construtora dedique uma atenção especial aos trabalhos e seus detalhes. Professor Müller também lembrou que será investida uma grande quantia de dinheiro público, por isso diz fazer questão que os contribuintes saibam como estão sendo feitos os investimentos. “Essa obra terá um grande impacto para a sociedade nas próximas décadas”, declarou.
Segundo professora Célia Nogueira, presidente da Comissão de Pesquisa da FMB, faz parte do projeto Unipex credenciar a estrutura de pesquisa que será montada com padrões internacionais. Além disso, já tramita na Reitoria da Unesp uma proposta para que o centro se transforme em uma unidade auxiliar da universidade, com recursos próprios e uma maior autonomia de gestão.
A docente garante que a nova unidade iniciará uma nova etapa para a pesquisa da FMB. “Os pesquisadores terão a disposição uma estrutura devidamente montada, equipe técnica preparada para operar os equipamentos e dar todo o apoio ao desenvolvimento de seu experimento. Entretanto, eles não utilizarão permanentemente os espaços, já que terão prioridade aqueles que atenderem a alguns critérios, como importantes publicações e boa captação de recursos”, esclarece.
Um dos grandes avanços, na opinião de professora Célia, será a viabilidade, na Unipex, da pesquisa translacional, ou seja, que abrangerá desde a etapa experimental até uma possível aplicação clínica. “Poderemos trabalhar com novos fármacos e em parceria com profissionais de outras áreas, envolvendo outras unidades da UNESP”, afirma.
A estrutura
O local onde estarão situados os laboratórios experimentais abrigará também anfiteatro, salas para pesquisadores, arquivos, secretaria e laboratórios. Ao todo serão cinco andares a serem construídos em área dentro do campus de Rubião Júnior, junto aos Laboratórios Experimentais da Faculdade de Medicina. O projeto dispõe de verbas provenientes da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), com complementação da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar (Famesp) e da Reitoria da Unesp.
Empresa pretende concluir obra em até 12 meses
A empresa Elgel Eletricidade e Engenharia LTDA, vencedora da licitação para construção da Unipex, foi fundada em 1991 em São Paulo, mas atualmente está sediada em Assis. Em visita à FMB, para assinatura do contrato, seu proprietário, o engenheiro José Carlos Neri Oliveira afirmou ser possível entregar o prédio antes do prazo previsto no projeto, que é de 18 meses.
“Já analisamos o projeto e não devemos ter grandes problemas. A parte mais complicada é agora no começo, na fundação, por conta do período de chuvas, mas como não haverá grandes movimentações de terras entendo que não teremos dificuldades”, avalia. “Vamos seguir a especificações do projeto e, se preciso, iremos propor melhorias para serem avaliadas”, completa Oliveira.
A Elgel foi a empresa responsável pela construção do forno incinerador, atualmente instalado no campus da Unesp em Botucatu. Entre seus principais clientes estão: as prefeituras de São Paulo e São Bernardo do Campo e a própria UNESP, com moradias estudantis e outros laboratórios. “Trabalhamos focados no setor público”, citou Oliveira. (Da ACI/FMB/Unesp)