Para melhorar a assistência dos pacientes portadores de cálculos renais, também conhecidos como “pedras nos rins”, o Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) renovou seu parque tecnológico com a aquisição de um novo aparelho de Litotripsia Extracorpórea por Onda de Choque (LECO), procedimento indicado no tratamento de pacientes que possuem cálculos grandes, que não podem ser eliminados espontaneamente.
Com o uso deste aparelho, o tratamento é realizado em regime ambulatorial e exige apenas uma sedação leve. Esta tecnologia consiste na emissão de ondas de ultrassom através da pele, que são direcionadas até o cálculo, resultando na fragmentação da “pedra” em pequenas partes, facilitando a eliminação pela urina em um curto espaço de tempo. A sessão dura em torno de 25 minutos e nos primeiros exames, já é possível acompanhar a efetividade do tratamento.
Para o Chefe do Serviço de Urologia do HCFMB, Dr. Paulo Roberto Kawano, a aquisição de um aparelho de última geração traz inúmeros benefícios aos pacientes. “Além da proposta de um tratamento minimamente invasivo e redução considerável da necessidade de cirurgia, o paciente não necessita de internação, tendo alta no mesmo dia. A estimativa é que o Serviço realize de 80 a 100 sessões por mês”, diz.
O novo equipamento otimiza a assistência à demanda regional que o HCFMB abrange. “O processo de atualização hospitalar é uma das áreas onde a tecnologia mais avança. São equipamentos que aliados a habilidade humana, proporcionam mais qualidade de vida para a população”, finaliza o Superintendente do HCFMB, Dr. José Carlos de Souza Trindade Filho.
Sobre pedras nos rins
Pedras nos rins (cálculos renais) são causadas pela precipitação de substâncias minerais dentro do sistema urinário. Podem ser comparadas, de maneira simplista, a grãos de areia, que formam verdadeiras “pedras” dentro dos rins.
Existem muitos fatores que influenciam na formação dos cálculos renais, como a presença de casos na família, o sedentarismo e a obesidade; além de doenças como o diabetes e a pressão alta. Porém, uma das principais causas de sua formação é a pouca ingestão de água, o que deixa a urina muito concentrada. A ingestão de alimentos com muito sal e proteínas também é um fator importante.
Muitas vezes, podem não apresentar sintomas durante muito tempo. Os primeiros sinais aparecem quando se desprendem dos rins, obstruindo os ureteres e causando dores. Cálculo maiores podem levar a quadros graves de infecção nos rins que, quando não adequadamente tratados, resultam em perda significativa da função ou mesmo total do órgão.
Os sintomas das pedras nos rins variam muito e estão associados a presença de fatores como a obstrução da via urinária, tamanho dos cálculos, associação com infecção, entre outros. Em geral, incluem dor intensa nas costas (região lombar) ou no abdômen, náusea, vômitos, dor ao urinar e urina turva ou com mau cheiro. A presença de sangue na urina ou infecções urinárias de repetição podem ser também sinais indicativos da presença de cálculos. O tratamento para pedras nos rins depende do tamanho, da localização da pedra e dos sintomas que o paciente apresenta.
Vivian Abilio
Assessoria de Imprensa – GCIM HCFMB