“Não seremos silenciados”: Na Alesp, Prêmio Zumbi dos Palmares contempla a luta e a cultura negra

Personalidades, ONGs e representantes do movimento negro receberam homenagens em evento realizado na última segunda-feira, 13

A cerimônia foi realizada na última segunda-feira (13), na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, e foi marcada por diversos discursos, tanto de parlamentares quanto de homenageados, que destacaram a força e o crescimento do movimento negro no Parlamento e em todo o Estado.

Mulher negra e ex-trabalhadora doméstica, Ediane Maria (Psol) foi uma das parlamentares a comparecerem na premiação. Em seu discurso, a deputada descreveu o mês de novembro como “uma época de força e reflexão” para o povo preto de São Paulo. Isso porque, de acordo com ela, a celebração do feriado nem sempre chega aos cidadãos de maior vulnerabilidade social.

Adiante, a deputada Thainara Faria (PT) fez forte discurso, dizendo que a luta do povo preto por dignidade e reconhecimento deve ser lembrada todos os dias e meses do ano, não apenas em um período específico. Caso contrário, a ação apenas comprovaria a invisibilidade do movimento para o restante da sociedade.

Também estiveram presentes e prestaram depoimentos no evento os seguintes deputados: Reis; Jorge do Carmo; Simão Pedro; e Luiz Claudio Marcolino, do PT; Barros Munhoz, do PSDB; e Marina Helou, da Rede.

A coordenadora do SOS Racismo na Alesp, Iara Bento, foi a responsável por iniciar as premiações às personalidades e ONGs representativas da cultura negra. “Nossa luta é muito importante para o Estado de São Paulo. Essa atividade só foi possível graças aos esforços de todos os deputados desta Casa, o que é muito representativo. Não podemos tolerar mais preconceito, nem aqui nem em nenhuma cidade do Brasil”, pontuou, antes da premiação.

Indicados pelos próprios deputados da Alesp, receberam honrarias do Parlamento Paulista na noite desta segunda: a presidente do Conselho da Comunidade Negra, Mãe Andreia de Iemanjá; o militante paulistano Edgar Amaral Aparecido de Moura; o grupo cultural Pastoras do Rosário; a sambista Lucineia Cardoso; a ONG da Comunidade Negra de Indaiatuba; o Templo umbandista Vovó Catarina de Angola; o educador Frei Davi Raimundo dos Santos; a filósofa e ativista Sueli Carneiro; a líder comunitária Cristina Aparecida; a ex-presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Ivone Silva; o líder da congada mineira, Arnaldo Franco; o produtor musical e líder social de Heliópolis, Marcivan Menezes Barreto; o ativista Vinicius Lima; o ex-coordenador de políticas para a juventude da cidade de SP, Claudio Aparecido da Silva; e Iara Bento, do SOS Racismo.

Também receberam menções honrosas: a codeputada Simone, do Movimento Pretas; a policial militar Margareth Barreto; o jornalista Cosmo Silva; a vice-prefeita de Diadema, Patrícia Ferreira; o prefeito de Rio Claro, Gustavo Periscinoto; e o deputado Teonilio Barba.

Por Gustavo Oreb Martins, sob supervisão de Cléber Gonçalves
Foto: Rodrigo Costa

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