Pesquisa ouviu mais de 200 profissionais e empreendedores criativos e culturais da região de Botucatu
Foi apresentado no último dia 13 de agosto, em um evento online, os resultados do 1º Mapeamento da Economia Criativa na Cuesta Paulista. A pesquisa, realizada pelo Instituto Jatobás em parceria com a Giallo Marketing e Instituto Locomotiva, Garimpo de Soluções e com apoio do Polo Cuesta e Sebrae SP, coletou respostas de 232 profissionais e empreendedores criativos e culturais de Botucatu, Pardinho, Avaré, entre outros municípios da região.
O estudo teve como objetivo principal compreender as potencialidades, identificar oportunidades e fomento do trabalho de artistas, produtores e empreendedores da Cuesta Paulista, em toda a cadeia da Economia Criativa. Com os dados, será possível construir um plano estratégico regional visando a valorização de talentos locais, a geração de trabalho e renda e a promoção do desenvolvimento e fortalecimento econômico regional.
A pesquisa mostra que 82% consideram a atividade artística / cultural uma profissão e 94% se consideram um empreendedor (a) criativo ou cultural. Porém, para 47% a maior parte da sua renda não vem da atividade artística ou cultural. Nesse cenário, boa parte deste público se sente pouco valorizada, tanto profissionalmente quanto economicamente.
O levantamento também indica que estes mesmos agentes enfrentam importantes barreiras como não possuir um CNPJ, conhecer editais de fomento disponíveis, questões associadas ao marketing e até mesmo a burocracia com impostos e emissões de notas.
Com a pandemia, as atividades online se mostraram ainda mais necessárias, no entanto, 89% dos entrevistados demonstraram dificuldades em monetizar esse tipo produção.
Assim, o mapeamento constata que o fortalecimento da economia criativa da região passa pelo estímulo e formação desses artistas em empreendedorismo. Saber construir um bom projeto para participação de editais, formalizar a atividade e gerenciar a carreira também estão entre as principais necessidades desse público.
“O estudo servirá de base para todos nós, trazendo informações importantes sobre a cadeia produtiva – artística, cultural e criativa – visando o fomento da cadeia, a promoção da organização em rede para gerar conexões e oportunidades e visibilidade dos agentes que, consequentemente, potencializam a identidade cultural, o reconhecimento local e o Turismo da Cuesta Paulista”, afirma Madalena Carneiro, gestora de projetos do Instituto Jatobás.
Por Clarissa Athayde | Qamar Comunicação