A Indústria paulista já começou a desacelerar o ritmo de geração de vagas e fechou julho com redução de 0,02% no seu nível de emprego dessazonalizado. Considerados os efeitos sazonais, o índice registrou elevação de 0,14% no mês passado, com criação de 4.000 vagas.
No acumulado do ano foram gerados 120.000 empregos em relação a 2010, o que representa um crescimento de 4,64% de janeiro a julho.
Os dados foram divulgados na última quinta-feira (11), pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp/Ciesp. Para o diretor titular adjunto do departamento, Wálter Sacca, há quatro meses o emprego na Indústria paulista vem patinando em torno de zero. “Este ano o emprego deve fechar positivo em, no máximo 75 mil vagas, uma elevação de 2,7% sobre 2010, bem abaixo dos 4,7% de crescimento do ano passado sobre 2009. Essa elevação também será inferior ao PIB e ao crescimento do emprego no Comércio”, afirma.
Na contramão dessa tendência, Botucatu ficou entre as três Diretorias Regionais do Ciesp que mais cresceram no Estado de São Paulo, registrando crescimento da ordem de 2,10%, ficando atrás apenas da região de Matão, com 2,76%. Outras 12 regionais apresentaram queda no quadro de funcionários em julho. Entre elas Araçatuba (-1,95%), Presidente Prudente (-1,74%) e São João da Boa Vista (-1,42%).
Em julho, o setor sucroalcooleiro fechou 1.506 vagas, apresentando queda de 0,05% em relação a junho. Já os demais setores juntos registraram resultado positivo de 0,19%, gerando 5.506 novos postos de trabalho. Sacca explica que o setor de Açúcar e Álcool tem forte sazonalidade na variação do emprego em função da safra e entressafra. “O mesmo setor que aumenta o nível de emprego no primeiro semestre em função da safra é o vilão do emprego no segundo semestre com a dispensa de mão de obra na entressafra”, diz.
Setores e regiões – Dos setores analisados pela pesquisa, 11 tiveram comportamento positivo, nove ficaram negativos e dois ficaram estáveis. Equipamentos de Informática, Produtos Eletrônicos e Ópticos, apresentou alta de 2,2%. Em seguida, vieram os setores de Produtos Diversos (1,3%); Produtos Farmoquímicos e Farmacêuticos (0,6%); Produtos de Metal, Exceto Máquinas e Equipamentos (0,6%) e Máquinas e Equipamentos (0,5%).
Os setores que registraram maiores quedas foram: Outros Equipamentos de Transporte, Exceto Veículos Automotores (-0,9%); Fabricação de Coque, de Produtos Derivados do Petróleo e Biocombustíveis (-0,7%) e Couro e Fabricação de Artigos de Viagem e Calçados (-0,7%).