Café com a Presidenta: Dilma fala do Minha Casa, Minha Vida 2

Neste programa a presidenta Dilma fala do ousado Minha Casa, Minha Vida 2, um plano para beneficiar cerca de 2 milhões de famílias de baixa renda, ou seja, as que tem renda familiar de até R$ 1.600,00 e que, por conta disso, nunca puderam ter moradias próprias. Esse benefício chega também até às famílias da zona rural. 


Rádio Nacional, 20 de junho de 2011

Luciano Seixas: Olá, eu sou Luciano Seixas, e a partir de agora você acompanha o “Café com a Presidenta”, o nosso encontro semanal com a presidenta Dilma Rousseff. Bom dia, Presidenta.

Presidenta: Bom dia, Luciano. Bom dia a todos os nossos ouvintes.

Luciano Seixas: Presidenta, a senhora acaba de lançar a segunda etapa do programa Minha Casa, Minha Vida, com novas regras e mais investimentos. Vai ficar mais fácil comprar a casa própria?

Presidenta: É, Luciano, vai ficar mais fácil, sim, comprar a casa própria. Nós vamos contratar a construção de 2 milhões de casas e apartamentos até 2014. E a maioria dessas casas vai ser destinada a pessoas que ganham até R$ 1.600, ou seja, aquelas pessoas de renda mais baixa. Nós estamos incluindo famílias que nunca puderam comprar sua casa ou apartamento porque ganhavam muito pouco. Todas as famílias querem ter uma casa própria, onde possam criar seus filhos, receber seus parentes, desenvolver seus laços afetivos com amigos, ter abrigo e ter segurança. É um sonho de cada brasileiro e brasileira.

Luciano Seixas: Presidenta, a essa hora muita gente já deve estar fazendo as contas para saber se dá para entrar na segunda fase do Programa. Quem vai ter direito ao financiamento?

Presidenta: A partir de agora, como eu disse, a atenção vai ser dada a quem tem renda mais baixa, começando por quem ganha até R$ 1.600 por mês. Essas famílias vão ter direito a um subsídio, Luciano. O governo vai pagar uma parte da compra para essas famílias. Elas só pagarão – essas famílias que ganham até R$ 1.600, Luciano – 10% da sua renda durante dez anos. Para aqueles que ganham de R$ 1.600 a R$ 3.100, vai ter juros menores e também uma parte o governo vai pagar. Isto significa que até R$ 23 mil, da casa, o governo pagará. Além disso, para as famílias que ganham entre R$ 3.100 a R$ 5 mil por mês, haverá juros mais baixos e um fundo que irá garantir o pagamento para os bancos.

Luciano Seixas: Então, vamos imaginar uma família com renda de R$ 500 por mês. Quanto ela vai pagar de prestação na compra de uma casa de R$ 55 mil, por exemplo?

Presidenta: Se a renda é de R$ 500, a prestação não pode passar de R$ 50 por mês. Outro exemplo: vamos supor uma família que tem renda de R$ 1.600. A prestação vai ser, no máximo, de R$ 160 por mês. Prestações fixas, Luciano, não vão aumentar durante dez anos.

Luciano Seixas: Mas, Presidenta, nesses dois exemplos a prestação não paga uma casa de R$ 55 mil em dez anos.

Presidenta: Não paga mesmo. No programa Minha Casa, Minha Vida, as famílias mais pobres pagam apenas uma parte da moradia, aquela parte que elas têm condições de pagar. A outra parte, o governo completa.

Luciano Seixas: E o projeto da casa mudou, não é, Presidenta?

Presidenta: Ah, mudou para melhor. Mudou para dar mais conforto e segurança aos moradores. Por exemplo: as casas e os apartamentos vão ser maiores, mais espaçosos, com piso de cerâmica em todos os cômodos, e azulejos na cozinha e no banheiro. Também são casas modernas. Sabe por quê, Luciano? Porque nós vamos adotar o aquecimento solar térmico. O aquecimento solar dispensa o chuveiro elétrico, que é a parte mais pesada, quase 30%, na conta de luz. Então, nós temos aí também uma boa economia de dinheiro para a família que vai morar nessa casa do Minha Casa, Minha Vida.

Luciano Seixas: Essa é uma notícia que agrada a toda dona de casa. Por falar nisso, qual foi a mudança no financiamento da casa própria para mulheres?

Presidenta: Ah, Luciano, foi uma mudança muito importante. Agora, a mulher que quer comprar sua casa pode fazer o contrato e receber a escritura do imóvel sem precisar da assinatura do marido. Acabou esse tipo de dependência. Outra novidade, Luciano, é que as famílias que vivem na zona rural também vão receber um financiamento, inclusive para a reforma da casa.

Luciano Seixas: Obrigado pelas informações, Presidenta, voltamos na semana que vem.

Presidenta: Olha, Luciano, eu é que agradeço a oportunidade de falar sobre a segunda fase do Minha Casa, Minha Vida. Até o final do ano passado, nós já fechamos contrato para construir 1 milhão de moradias. Agora nós vamos dar um salto: nós queremos construir 2 milhões de moradias. Nós vamos dar oportunidade para todos que querem conquistar a sua casa própria, para as populações de mais baixa renda e também para aqueles que constituem a nova classe média. E veja o que acontece: a construção de milhões de moradias movimenta as fábricas, o comércio e o mercado de trabalho. É um motor que dá impulso a toda a economia. Então, Luciano, não demora muito para a gente perceber que o investimento feito na área social rapidamente retorna em benefícios e oportunidades para toda a sociedade. E também uma coisa: o Minha Casa, Minha Vida é um programa que tem tudo a ver com o Brasil sem Miséria, porque garantir a casa própria é um passo também para que a pessoa tenha mais oportunidades na vida.

Luciano Seixas: Mais uma vez, obrigado, presidenta Dilma, e até a semana que vem.

Presidenta: Até lá, Luciano. Um abraço para nossos ouvintes. Tchau!

Luciano Seixas: Você pode acessar este programa na internet, o endereço é www.cafe.ebc.com.br. Voltamos na próxima segunda-feira, até lá.
 

 

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