Deputado Giriboni pede abertura de uma CPI das Fake News

O deputado estadual Edson Giriboni está trabalhando para abrir uma CPI na Assembleia Legislativa para investigar a indústria das fake news, notícias falsas espalhadas na internet. Giriboni já deu entrada no pedido e agora está juntando assinaturas para protocolar o pedido junto à mesa diretora do legislativo. É necessário que, pelo menos, 32 deputados assinem o requerimento. As fake news estão causando grande preocupação em todo o mundo, inclusive foi assunto do programa Profissão Repórter, exibido pela Rede Globo nesta semana, que mostrou como isso virou um negócio, sem controle e que prejudica a vida de pessoas, públicas ou não.

O próprio Giriboni tem sido vítima desses ataques virtuais, “tenho sofrido constantes ataques, com histórias mentirosas sobre meu trabalho sendo espalhadas pela internet, nessa última semana criaram mais uma, dizendo que eu havia apresentado um projeto propondo 13º e férias para presidiários, seria cômico senão fosse trágico”, diz o deputado, “nunca apresentei nenhum projeto nesse sentido, foi uma montagem criminosa em cima de um projeto de um deputado federal do Rio de Janeiro. Giriboni tratou do tema em um discurso no plenário da Assembleia Legislativa e faz um alerta, “esses bandidos me escolheram como alvo hoje, amanhã pode ser você sua família, sua empresa ou o seu negócio”. Para Giriboni, as pessoas precisam ficar mais atentas ao passar para frente notícias que recebem nas rede sociais, como Facebook e Whatsapp, “ porque, sem saber, podem estar sendo cúmplices dessa quadrilhas que estão infectando a internet”.

O programa Profissão Repórter, da Globo, mostrou alguns casos de pessoas afetadas pelas fake news, como a história de Bruna Silva, mãe do jovem Marcus Vinícius, de 14 anos, morto a tiros no Rio de Janeiro quando ia para a escola. Notícias falsas na internet associam o nome de Marcus Vinicius ao tráfico de drogas e divulgam montagens com a imagem de um outro menino segurando uma arma. O programa mostrou que a mãe luta para limpar a honra do filho, “eu fico estarrecida com isso aqui. A pessoa ainda posta a foto errada. Eu não tenho paciência quando se trata de fake news. Quem fez isso é um criminoso”. A reportagem provou ainda que os boatos são muitas vezes propagados com a ajuda de perfis falsos.

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