Por volta das 10h desta segunda-feira (11), cerca de 500 pessoas participaram do cortejo fúnebre do garoto Gedson Beltrão dos Santos Corgosinho, de 14 anos “Gedinho”, ao Cemitério Municipal de Itararé-SP.
Gedinho foi um dos dez garotos que morreram queimados no alojamento de containers na manhã de sexta-feira (08), no Centro de Treinamento de Base do Flamengo no RJ, conhecido como Toca do Urubu.
Seguido por viaturas da GCM, Corpo de Bombeiros e PM, o veículo funerário, levando a urna com o corpo de Gedinho saiu do Ginásio de Esportes Elefante Branco e com grande acompanhamento seguiu até o cemitério local.
Grande destaque foi a presença dos meninos uniformizados da Escolinha ABB e da Escolinha que o Athletico Paranaense mantém na cidade que junto com ele (Gedinho) jogaram. O semblante abatido, visível em cada um desses meninos mostrava a dor pela perda trágica do coleguinha.
Mas, ao mesmo tempo se percebia que todos aceitaram essa tragédia como um grande desafio e um grande aprendizado nas suas vocações, e até mesmo como uma vitamina, um estímulo para seguirem em frente cada vez melhores, tanto nos estudos como com a bola nos pés – como foi Gedinho.
COMENTÁRIO DE UM GAROTO DE 12 ANOS – Durante o trajeto do enterro, o representante do ItapoNews, que estava próximo, ouviu um comentário de um garoto de aproximadamente 12 anos, que estava acompanhado pelo pai, dizer: “Pois é pai, o Flamengo teve tantos milhões de reais para contratar o meia uruguaio Arrascaeta, mas não teve dinheiro para construir um alojamento decente para os meninos do Futebol de Base. De agora em diante os clubes vão precisar tratar com maior respeito e dignidade os atletas de base”, disse esse menino que não foi identificado
Os dez mortos e os três feridos na tragédia da madrugada de sexta-feira no RJ estavam alojados precariamente em containers que se incendiaram (fala-se em curto-circuito em um dos ares condicionados.