A população de Itaporanga e do Bairro Rio Verde está sofrendo com a falta de água – desde a tarde de sábado. Mas a Sabesp informou que está atuando para resolver o problema o mais rápido possível. Esta história se repete no município há mais de trinta anos nesta época do ano. E, numa total indiferença com o usuário, a empresa não colocou nenhum caminhão-pipa para, pelos menos, minimizar um pouco o sofrimento da população.
A alegação da concessionária é a mesma: “a Estação de Captação foi inundada”. Esse setor da Sabesp (que capta com bombas e motores elétricos a água bruta do ribeirão) está localizada no Ribeirão Vermelho do Sul, que fica perto da cidade, bem no ponto onde antes passava a antiga estrada de terra para Riversul e Itararé.
Por volta do meio-dia de hoje, a Sabesp disse que já estava quase tudo reparado para volta a funcionar. “É que está faltando só uma ‘pecinha’ que não tem aqui na região. Estamos esperando ela chegar de Itapetininga”, informou.
É inegável que as últimas chuvas foram além do normal e deixaram um rastro de destruição e morte e que tudo isso nem deve ser comparado com o que aconteceu no Haiti. Mas, “uma coisa é uma coisa, e a outra coisa, e outra coisa!”
Por um erro imperdoável, ou uma burrice mesmo do departamento de engenharia da Sabesp na época da sua construção, há mais ou menos 30 anos, a obra foi feita bem junto do ribeirão, como se esse nunca viesse a encher. Qualquer pedreiro “meia-cuié” teria feito melhor essa obra.
E todos os anos a história se repete: a água inunda a casa das máquinas, danifica os motores elétricos que movimentam as bombas que mandam o precioso líquido para a ETA – Estação de Tratamento de Água que fica nos altos da cidade, atrás do fórum.
E aí, apesar do consumidor pagar caro por isso, é obrigado, e muito aborrecido, a conviver com essa situação que poderia ser evitada sim.
Várias décadas se passaram e nenhuma administração municipal teve “aquillo roxo”, como dizia um ex-presidente, para exigir da concessionária a mudança, um ou dois metros acima, dessa estação de captação. Ou, no mínimo, deixar de prontidão um sistema de emergência, independente, para o bombeamento nesse local. E, a Sabesp têm uma infinidade desses equipamentos. Só não sabemos o por quê de um desses não ser colocado para funcionar aqui em Itaporanga. E nem ao menos ela disponibilizou um caminhão-pipa para socorrer os usuários.
Mas, anotem aí: no ano que vem isso vai acontecer de novo! Será que eu não vou queimar a língua com essa profecia?
E eu, não vejo a hora de poder tomar um banho. Ficar quase três dias sem banho, aí é ruim, hem!
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