Material contaminado foi removido para aterro industrial em Londrina-PR

Na semana passada foram concluídos os trabalhos de limpeza e descontaminação dos locais atingidos – córrego e parte da rotatória – pelo “Licor Negro” Hidrato de Sódio,  parte estimada de 14 mil litros derramados por caminhão tanque que tombou no trevo de Itaporanga, no domingo (26/07)    Foram coletados e removidos para um aterro industrial em Londrina-PR, 60 m3 de terra e 50 m3 de resíduos líquidos contaminados. Toda a a extensão do córrego atingido, cerca de um quilômetro até o Rio Verde passou por limpeza.

Logo após o acidente a Vigilância Sanitária de Itaporanga agiu rápido e comunicou todos os produtores rurais ribeirinhos para que estes retivessem em piquetes os animais que bebem água no rio, até que a Cetesb apurasse o grau de contaminação e periculosidade da água.

Segundo a Cetesb, até sexta-feira passada os laudos ainda não tinham sido disponibilizados para a Agência de Avaré que cuida do caso, porque as amostras foram coletadas na segunda-feira e encaminhadas para SP na terça.

O órgão informou que na terça-feira não constatou vestígios relevantes do produto vazado nas águas do córrego afluente do Rio Verde tampouco nesse último. Mas, como o produto vazado é solúvel em água, com a própria vazão desses corpos d’água, o produto foi diluído e dissolvido, causando impactos temporários e localizados.

Porém admitiu que certamente houve sim impactos, pois o produto é corrosivo. “Ocorre que muitas vezes esses impactos não são facilmente visualizados. Por exemplo, não constatamos mortandade de peixes, ou pelo menos esses não foram visualizados. Desconhecemos mortes de animais domésticos ou de criações por conta do acidente. O Rio Verde possui uma vazão bem maior do que o córrego atingido, portanto é de se esperar que esse corpo d’água – o Rio Verde – consiga diluir o produto vazado com maior eficiência e, portanto, não sofra tanto as consequências do acidente.

Sobre quantidade de material contaminado recolhido e removidos a Cetesb informou que foram em torno de 60 m³ de terra contaminada e 50 m³ de resíduos líquidos. Esses resíduos foram encaminhados para a empresa “A Jato” localizada em Londrina/PR, para disposição em aterro industrial.

Informou também que foram colocados em torno de 160 m³ de terra limpa para repor o solo contaminados retirado e que também foi colocada cerca de 230 m² de grama na rotatória e lateral da pista, locais do acidente.

“Certamente a empresa transportadora será autuada. Quando tivermos em mãos os laudos das coletas, iremos decidir o tipo de sanção a ser aplicada para o presente caso”, finalizou o órgão.

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