Os Herdeiros, o Ponto de Cultura e o Grupo de Historiadores e Pesquisadores do Sudoeste Paulista reabrem o casarão centenário e histórico do saudoso Professor João Castilho

A população itaporanguense presenciou ou teve conhecimento, no feriado de 09 de Julho, de um momento histórico ímpar para historiografia regional, no qual os sobrinhos herdeiros, o Ponto de Cultura “Angelino de Oliveira” e o “Grupo de Estudos e Pesquisas em História, Genealogia e Cultura do Sudoeste Paulista” promoveram o evento intitulado “Reabertura do Casarão Histórico do Saudoso Professor João Castilho”, bem como abriram a exposição “MEMÓRIAS – Vida e Obra do Professor e Historiador João Batista de Magalhães Castilho”, realizados naquela tarde, na rua Dr. Felipe Vita, nº 1243, no Centro Histórico e Comercial da cidade de Itaporanga – SP, antiga “Villa de São João Baptista do Rio Verde”.

Este projeto teve início na entrevista histórica do saudoso professor João Castilho, concedida em 2018 à historiadora e doutoranda Rafaela Sales Goulart – orientanda da Professora Drª. Fabiana Lopes da Cunha, da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – FCL UNESP/Assis, acompanhada pelo Secretário de Turismo e Cultura – Cassiano Godoy, e pela professora Alaide Vilela, na qual ele discorreu sobre seu desejo de que o casarão centenário, onde viveu sua família e ele mesmo por longos 55 (cinquenta e cinco) anos – 1935 a 1950 e 1980 a 2020 – e que havia sido no passado sede da direção do extinto aldeamento indígena de São João Baptista do Rio Verde, no período em que seu bisavô Cel. Joaquim José Vilela de Magalhães (1887/1912) foi o diretor, seja transformado em centro cultural ou museu histórico.

O casarão lotou de amigos, parentes, empreendedores, colegas de magistério, ex-alunos do professor João Castilho, de vários municípios dos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina.

Apresentaram-se na ocasião, o casal de cantores Celso Furtado & Marta (Barão de Antonina – SP), a cantora Mariinha Falcin (Itapeva – SP), o professor Fábio Costa (Campinas – SP), as jovens poetisas Maria Luiza Barbosa – Malu Barbosa – e Maria Vitória Veiga (Itaporanga – SP), os monges cantores Pe. Roberto, Ir. Alexandre Garcez e Ir. Vinicius Barbosa (Abadia de Nossa Senhora da Santa Cruz de Itaporanga – SP) e o maestro Reinaldo Gomes de Oliveira e sua banda musical (Itaporanga – SP).

Discursaram no evento, a coordenadora do Ponto de Cultura “Angelino de Oliveira” Adriana Padilha (Itaporanga – SP), os historiadores Prof. Dr. Luiz Eduardo Pedroso (Araçoiaba da Serra – SP) e o professor Claudinei Balduíno da Rocha (Tejupá – SP), o Secretário de Turismo e Cultura do MIT Itaporanga – SP – Cassiano Godoy, o pároco da Paróquia de São João Batista de Itaporanga – SP, Pe. João Crisóstomo Rivelino de Almeida e a representante da família Castilho, Sra. Maria Isabel Castilho Gonçalves Costa (Campinas – SP).

Repercutindo o evento, Celso Castilho (Curitiba – PR) – sobrinho-neto do Professor João Castilho, assim se manifestou nas redes sociais:

“Que linda essa homenagem. Que orgulho para nós que fazemos parte da família Castilho.
Uma família humilde, que sempre esteve unida pelos laços do amor fraterno.”
Isabel Reis – Presidente do IHGGI – Instituto Histórico Geográfico e Genealógico de Itapeva-SP, se expressou com as seguintes palavras:

“Foi um dos momentos mais emocionantes que pude vivenciar como Presidente do IHGGI e, com todos vocês na cidade de Itaporanga-SP … Quero agradecer o convite dos amigos Dr. Antonio Levi Mendes e do historiador Luiz Eduardo Pedroso, e também ao Ponto de Cultura ” Angelino de Oliveira” na pessoa da Adriana Padilha, que nos deu a oportunidade de estarmos na reinauguração do Casarão Centenário do professor João Castilho…vai ficar pra sempre registrado em nossa memória e no coração..”

Isabel Reis e seu filho Antonio Celso, o Toni, participaram com trajes antigos típicos e abrilhantaram muito o evento e o casarão centenário.

O Advogado Público Federal aposentado, ex oficial da Aeronáutica Valdemar de Oliveira Leite e genealogista, disse:
“Manter o casarão é um pedido, é um apelo quase extremo de um homem que amou profundamente a cidade, a família e sua gente. O poder público, se omisso for, não deixa alternativa senão os homens e mulheres de bem, comprometidos também com nossa história, assumirem esse dever moral e até patriótico porque não dizer.”

A antiga vila de “São João Baptista do Rio Verde”, atualmente a cidade de Itaporanga – SP, nasceu e se desenvolveu no entorno do casarão construído por ordem do Império do Brasil para ser a sede da direção do aldeamento indígena e residência de seu diretor.

A exposição traz uma linha do tempo da vida do professor, que guardou em sua residência documentos, fotografias e objetos, os quais relatam a história do município de Itaporanga-SP e do Sudoeste do Estado de São Paulo. Ele foi um defensor e guardião da história do interior Paulista.

A exposição foi organizada pelo Ponto de Cultura “Angelino de Oliveira”, com a colaboração e curadoria da artista plástica Adriana Padilha, acervo fotográfico e histórico pelo Professor e historiador Antonio Levi Mendes, pela professora e historiadora Aparecida Wanda da Silva e pelo jovem estudante Diego Nogueira, na iluminação de todo acervo a colaboração do artista plástico Marco Antonio de Queiroz. A comunidade Franciscana e amigos do saudoso Professor João Castilho também contribuíram para organização do local.

A genealogista itaporanguense Renata C. Mendes Espinosa esquematizou os dados da árvore genealógica do
Professor João Castilho, a partir de um documento elaborado pelo próprio professor – convite aos familiares, descendentes do casal José Alves Pinto de Castilho e Maria Custódia Vieira de Castilho, em conjunto com o Sr. José Aparecido de Castilho.

No mesmo dia, ocorreu a inauguração da Loja de Artes “A Omãe”, projeto de economia criativa de iniciativa do Grupo de Mulheres Empreendedoras de Itaporanga – SP, orientadas pela unidade local do SEBRAE e pela artista plástica Adriana Padilha. “A OMãe” era a maneira pela qual a família Castilho chamava a mãe do professor João, Maria Cristina Vilela de Magalhães Castilho.

Houve também a abertura de inauguração do Casarão Café, no qual se serve o Café Quatro Cantos desenvolvido pelo empresário e barista de Itaporanga – SP, Pedro Neto.

Os sobrinhos herdeiros presentes e participantes no evento foram: Maria Isabel Castilho Gonçalves Costa (Campinas – SP), Regina Célia Castilho Gonçalves Shimabokuro (Sumaré – SP), Antônio Fernando Castilho Gonçalves (Botucatu – SP) José Arnaldo Castilho Gonçalves (Jundiaí – SP) e João Batista Castilho Gonçalves (Botucatu – SP), filhos da Primogênita Maria de Lourdes Castilho.

O evento contou com o patrocínio cultural dos seguintes estabelecimentos comerciais: Casa de Carnes e MERCADO NEWTON, HORA CERTA Relojoaria, GRAFICART – Comunicação Visual e Impressos, LAILA Modas, Café QUATRO CANTOS, Auto Posto MONTEFALCO e Imobiliária OPCIONAL-REALIZE.

Apoiaram esse grande evento: Os doutores advogados, Sérgio Baumguertner Júnior, Valdemar de Oliveira Leite e Célio Fagundes e o músico Emerson Baumguertner dos Santos.

Os organizadores agradecem também os colaboradores que conviveram com o professor João Castilho nesses últimos anos da vida dele: Maria de Lourdes da Cruz (trabalhou 14 anos para o João); Solange da Cruz Santos, (trabalhou 10 anos), e Adalto Garcia Nogueira, Paulo Carvalho da Silva, Nair Jesus de Oliveira e Sebastião Sampaio de Lima.

A Comunidade Franciscana, por intermédio da ministra da Ordem, Vera Lúcia Bernardo da Silva Araújo,
do vice-ministro Gastão Torigoi, da formadora Virginia de Jesus Lopes, e do postulante na Ordem Premonstratense Maycon Vinícius Costa da Silva, e amigos do saudoso Professor João Castilho, também contribuíram para organização do espaço cultural.

De acordo com a professora Aparecida Wanda da Silva, o evento superou todas as expectativas e foi um marco histórico para a cultura regional. “Ficamos felizes em ver a alegria de todos e todas, parentes, ex-alunos e amigos em geral, e receber os cumprimentos pelo evento”, declarou ela, que aproveitou para convidar a todos para visitar o casarão, a exposição histórica, a loja e o café”.

 

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