O autor dos textos desta coluna é Sidnei Almeida, natural de Itaporanga, formado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Paraná com extensão em Gestão Econômica Financeira pela Fundação Dom Cabral, além de vasta experiência em grandes empresas na área de financeira e crédito e bancos como Banco do Brasil, HSBC, Banco Renault/Santander e atualmente BNP Paribas, líder europeu.
IDEIA – Falar de economia usando uma linguagem coloquial, de fácil entendimento e trazendo conceitos para no nosso dia a dia. Vamos abordar temas relacionados à economia pessoal (orçamento familiar, poupança, empréstimos…), economia empresarial (também orçamento, planejamento, empréstimos expansões), economia internacional (taxas de câmbio, importações, exportações…), Investimentos (riscos, tipos de investimentos…), falar sobre o sistema financeiro (taxas de juros, funcionamento do sistema…).
PERIODICIDADE – Tratarmos semanalmente sobre algum tema e se possível aproveitar para fazer uma análise sobre variação dos índices financeiros (cambio, juros, preços de alguns produtos – boi, soja, milho, cesta básica, combustível, salário mínimo…)
TEMAS DE CADA SEMANA – Os temas serão abordados conforme pedidos dos leitores, pois embora já tenha alguns temas que serão abordados de qualquer forma, acho importante que os temas atendam a curiosidade dos leitores.
Segue abaixo o primeiro texto:
ECONOMIA NO NOSSO DIA A DIA
Olá leitor do Itaponews, gostaríamos de apresentar a coluna Economia no Nosso Dia a Dia. Esta coluna tem como objetivo falar sobre economia com o leitor do Itaponews de uma forma didática. Em artigos curtos e utilizando fatos de nosso dia-a-dia, ou seja, exemplificando com fatos de nossa casa, empresa, cidade e todo o meio que caracteriza a região do Itaponews.
Como grandes pilares, trataremos de economia pessoal/familiar, economia empresarial, investimentos, sistema financeiro e também economia internacional que afeta nosso dia-a-dia. A ordem dos temas, e o que será tratado dependerá também de você leitor, pois conforme e-mails recebidos com pedidos para falar de determinado tema vamos conversando através desta coluna, ou seja, vocês pedem um tema e trataremos sobre ele aqui. Como a freqüência desta coluna será semanal e esperamos ter vários pedidos, é possível que um tema sugerido não seja tratado na semana seguinte e leve até mais de um mês para ser tratado, mas o fato é que vamos abordar todos os temas sem exceção.
Importante mencionar que apesar de temas de economia quase sempre estarem ligados à política, a ideia não é apresentar nenhum posicionamento político, mas quando se fizer necessário deixaremos claro o posicionamento do autor.
As sugestões de temas poderão ser enviadas através do e-mail [email protected] ou através do Messenger do autor (Sidnei Almeida).
O Banco Central deve subir ou reduzir a taxa de juros? Como isso me afeta?
Certamente você já se deparou com a notícia de que o Banco Central iria subir ou reduzir a taxa de juros e talvez tenha pensado que isso em nada te afetaria, mas a grande verdade é que todos nós somos afetados por esta decisão.
Na ultima reunião que aconteceu no dia 16 de Junho o COPOM (Comitê de Política Monetária do Banco Central) decidiu aumentar a taxa de juros SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) em 0,75%, passando de 3,5% para 4,25% ao ano: Esta foi a terceira alta seguida, e acreditamos que seguirá aumentando pelo menos na próxima reunião (a reuniões do COPOM ocorrem a cada 45 dias).
Como posso ser afetado se não tenho nenhum empréstimo nem dinheiro na poupança e nem penso nisso em curto ou médio prazo?
Precisamos entender que taxa de juros é o custo do dinheiro e que faz parte da determinação de preços de todos os bens que consumimos, portanto nos afeta se não diretamente, pelo menos indiretamente.
Como exemplo, podemos falar das atividades agrícolas que movem nossa região e pensar que muito provavelmente mais de 50% da produção é financiada em algum banco. O agricultor que pede um empréstimo tem que pensar que ao final da safra o valor pelo qual irá vender a produção dever pagar todos os custos da produção, o que inclui os juros, e claro sobrar alguma coisa que é o lucro afinal ninguém trabalha de graça.
Você também já pode ter ouvido que o lucro da safra ficou com o banco. Isso pode ser uma verdade em alguns casos, ou seja, o que teria de lucro se fosse uma produção sem financiamento, teve que pagar de juros. Se qualquer um de nós tivesse uma situação assim optaríamos por mudar nossa safra para outro produto em que os custos, incluindo os juros nos permitiriam ter lucro, e uma vez tomada esta decisão afetamos o preço tanto do produto que deixamos de produzir quanto do que passamos a produzir, ou seja, claramente o valor de uma cesta básica é afetado pela taxa de juros.
Poderíamos aqui também falar de como uma produção sem financiamento seria afetada pela taxa de juros, mas isso alongaria o artigo o que não é a idéia desta coluna.
Além deste exemplo no nosso dia-a-dia a taxa de juros também serve para estimular ou reduzir o consumo, controlar a taxa de câmbio e regular os gastos do governo. Se quiser saber mais sobre estes efeitos, bem como sobre o efeito em uma produção não financiada nos envie um Messenger ou e-mail que abordaremos em próximos artigos.
Parabéns Itaponews pela oportunidade dada a população Itaporanguense e aos leitores pelo conteúdo primordial nos dias de hoje. Desejo boa sorte ao grande amigo Sidnei, o qual conheço de longa data e sei de sua tamanha competência e perseverança. Obrigado!