Desde as 12h está faltando água nas torneiras da cidade, e desta vez, a causa não foi por falta de chuva, mas, de acordo com a informação oficial da Sabesp, fornecida pela (Central de Informações da empresa, localizada em Itapetininga, portanto a 200 quilômetros), um problema decorrente de pane na parte elétrica causa o desabastecimento, e que a previsão de que o precioso líquido volte a jorrar nas torneiras é só lá para depois das 20h. Com isso, o itaporanguense terá de amargar oito horas sem água.
Vejam as contradições, falta de transparência e desrespeito da Sabesp com o consumidor. A central informou a causa como sendo pane elétrica, e questionada pelo Itaponews para das mais informações sobre que tipo de pane elétrica, alegou falta de energia, numa tentativa de transferir o problema para a concessionária Elektro, que não tem culpa na história, porque o abastecimento de energia está normal.
Aliás, ao contrário da Sabesp, a Elektro desde que assumiu o serviço da então Cesp vem investindo para que Itaporanga e outros municípios na sua área de concessão não venham sofrer com falta de energia elétrica.
Mas, a verdade é que não foi mesmo falta de energia. Logo após a constatação do problema os funcionários estão correndo para resolvê-lo. Vários veículos, alguns até da Sabesp de Taquarituba foram vistos circulando pelo caminho que liga a cidade até a estação de captação, no Ribeirão Vermelho do Sul.
Depois, uma camioneta passou com algo de certo volume (podia ser um motor elétrico e uma bomba) coberto por encerado sobre a carroceria, pegando estrada sentido Taquarituba ou Itapetininga.
Tudo, como dissemos em assuntos anteriores, pode apresentar problemas, mas a solução deste, da Sabesp, não pode demorar muito, porque trata de uma questão de saúde pública e afeta diretamente o saneamento básico, essencial para uma boa qualidade de vida.
A indagação que se faz é: não seria o caso de a Sabesp manter, no local de captação, motores e bombas de reserva, para não precisar interromper o abastecimento da população?
Mas, esse problema – do ribeirão encher demais e alagar a estação de captação, queimando motores e bombas – se repete em todos os verões quando aumenta a quantidade de chuva. Portanto, é algo que faz parte da rotina da empresa, que, ao invés de solucioná-lo, prefere fazer gambiarras.
Não seria à toa que a atual administração de Itaporanga estaria muito descontente com os serviços da Sabesp, e de acordo com o que se ouve na cidade, existem conversas de fontes insuspeitas dando conta que o prefeito pretende não renovar mais o contrato de concessão com a empresa. Se isso ocorrer, Itaporanga, como os demais 281 dos 645 municípios paulistas, assume o seu serviço de saneamento, e com a enorme arrecadação, e até mesmo cobrando mais barato do consumidor, fará os investimentos que forem necessários para que o itaporanguense não sofra com o descaso e falta de investimento da Sabesp.
E enquanto isso, vamos ficar na expectativa de ouvir, dar torneira, primeiramente o barulho de água chegando, ou seja, vento entrecortado por água, que vão passar pelo hidrômetro como se fosse só água consumida). Claro, vamos ter de pagar pelo vento também.