Através de inciativa da Superintendência e Diretoria Clínica do Hospital da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp, nesta terça-feira, 30 de junho, às 17 horas, será realizada uma discussão sobre o fluxo de atendimento e medidas de controle da disseminação do vírus Influenza A (H1N1) no Hospital das Clínicas (HC). As explicações serão dadas pelo médico infectologista prof. Dr. Carlos Magno Fortaleza, no Anfitetro "Professor Emérito Marcello Fabiano de Franco, para a comunidade hospitalar e também aos profissionais da saúde. Sobre a Gripe Suina, há suspeita de que essa doença, que já atingiu 44 estados dos EUA e mais 30 países do mundo, dentre esses o Brasil, tenha sido criada acidentalmente em laboratório. Considerada já uma pandemia pela OMS – Organização Mudial de Saúde, ela caminha para algo semelhante como a Gripe Espanhola, que entre 1918 e 1919 matou cerca de 100 milhões de pessoas em todo o mundo, porque na época não existiam os antibióticos que combatem a pneumonia. Só no Rio de Janeiro morreram 17 mil pesoas em menos de dois meses. As famílias jogavam os corpos de seus mortos na rua, com medo da contaminação. Agora com os antibióticos, as chances de sobrevivência são maiores. Leia as cincos dicas para sobreviver a Gripe Suina
A gripe suína, que já atingiu 44 estados EUA, além do Distrito Federal, e 30 países ao redor do mundo, já se tornou uma preocupação mundial.
Explicando de forma simplificada, o vírus causador da doença é resultado da fusão de um vírus que antes só atacava porcos, com o da gripe que atinge os humanos, de forma que também se tornem vítimas da doença. O que não se sabe ainda é como esses dois vírus se fundiram.
A preocupação em descobrir de onde surgiu esse novo vírus é para que se torne mais fácil de encontrar uma solução para a possível pandemia. O pesquisador australiano Adrian Gibbs suspeita que isso pode ter se dado em laboratório de maneira acidental. Se essa for a real origem da doença, pode ser um alerta para um cuidado ainda maior.
No entanto, não há nenhuma evidência de que a gripe suína tenha surgido através de experimentação laboratorial. Inclusive, o próprio Gibbs admite que essa é apenas uma possibilidade entre muitas outras. O pesquisador diz que, ao mesmo tempo, isso possa ter sido um acidente na produção de alguma vacina, o vírus pode também ter sido tansmitido do porco, para um outro animal e, posteriormente, aos humanos. Mas, mesmo assim, pretende publicar a sua suspeita para que providências sejam tomadas a respeito. [Live Science]
Gripe Espanhola
A Gripe Espanhola (1918 – 1919) matou 50 a 100 milhões de pessoas em menos de 2 anos.
Entre 1918 e 1919 a epidemia de Gripe Espanhola matou mais pessoas do que Hitler, armas nucleares e todos os terroristas da história somados. No Rio de Janeiro, morreram 17 mil pessoas em dois meses. Os familiares, desesperados, jogavam seus mortos na rua com medo de contrair a doença.
A influenza espanhola era mais severa que a gripe comum, mas tinha os mesmos sintomas iniciais como garganta dolorida, dor de cabeça e febre. Mas comumente em muitos pacientes a doença progredia para algo muito pior do que espirros. Calafrios intensos e fatiga vinham acompanhados de fluido nos pulmões. Se a gripe passava do estágio de pequena inconveniência geralmente a pessoa já estava pré-destinada a morrer.
Mesmo hoje não há cura para o vírus Influenza. Tudo o que os médicos podiam fazer na época era deixar seus pacientes o mais confortáveis possível. A cor azulada na pele dos doentes evoluía para marrom ou roxo e seus pés ficavam pretos. Os “sortudos” se afogavam com o fluído nos pulmões. Os outros desenvolviam pneumonia bacteriana e agonizavam de uma infecção secundária. Como os antibióticos ainda não haviam sido inventados essa doença também não podia ser tratada.
Felizmente hoje temos como combater a pneumonia decorrente da gripe suína, o que aumenta muito as chances de sobrevivência à infecção. [TecnoCientista]
Cinco dicas para sobreviver a gripe suina
O vice-presidente dos EUA, Joe Biden, aconselhou à população que evitasse metrôs e outros espaços fechados, por causa da gripe suína.
Há, também, outras sugestões para evitar a contaminação. Então, enquanto esperamos pela vacina milagrosa contra a gripe suína, aqui estão as cinco principais dicas para evitar ser contaminado e passar a infecção para outros. Essas dicas foram aprovadas pela Organização Mundial de Saúde.
1. Lave suas mãos
A principal coisa a se fazer para evitar a gripe suína é lavar as mãos frequentemente, de acordo com especialistas. Parece uma resposta estúpida para um problema tão grande, mas o fato é que quando tossimos, pequenas gotas de saliva e de material possivelmente contaminado (se você estiver com gripe) ficam em nossas mãos. Sendo assim, tudo o que tocamos fica contaminado. E, se tocamos no mesmo objeto que uma pessoa com a gripe tocou, corremos o risco de passar as mãos em nosso rosto e nos infectarmos. E a maneira com a qual lavamos as mãos também é importante. Se possível, use água quente. Não lave apenas os dedos e as palmas das mãos, mas também as unhas (debaixo delas também), os pulsos e a região que fica entre os dedos – tudo isso no tempo equivalente a duas vezes um “parabéns pra você” (sim, a música é usada como medida do tempo ideal). E tire todo o sabonete, enxaguando com água abundante.
2. Cubra sua boca quando for tossir ou espirrar
“A maneira com que a influenza é espalhada são as pequenas gotas que saem de nosso nariz e de nossa boca quando espirramos ou tossimos” explica George DiFernando, epidemiologista da Universidade de Nova Jersey. Ele recomenda, até, que cubramos nossas faces com a roupa. “É muito melhor que as gotas fiquem em nossas roupas do que em outros objetos ou em outras pessoas” explica. As máscaras cirúrgicas que se tornaram famosas podem ajudar a conter os espirros e as gotas para si mesmo, mas ainda não se sabe se são aconselhadas para uso diário.
3. Fique em casa
Se você está doente, fique em casa. E, se você chegou da rua, tome um banho, lavando primeiro seu corpo e depois suas mãos, para não infectar tudo o que você toca e não arriscar a saúde de seus familiares.
4. Não toque sua face
Tente, com todas as forças, manter suas mãos longe de suas membranas mucosas (olhos, nariz, boca), que são rotas diretas para sua corrente sanguínea e permitem que o vírus passe da barreira protetora da pele. Mas são poucos os que conseguem completar essa tarefa. “Isso é natural do ser humano. Na verdade, é mais um motivo para que você mantenha suas mãos limpas” explica DiFernando.
5. Evite pessoas doentes
É sempre uma boa pedida evitar outras pessoas que estejam doentes. DiFernando acrescenta que o vírus não fica no ar, mas sim em coisas que tocamos, contaminadas pelas gotículas. “Moedas, maçanetas, corrimãos, ou seja, objetos comuns. Aliás, objetos lisos transmitem o vírus mais facilmente do que objetos porosos, que absorvem as gotas” exemplifica. [Live Science]